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9.03.2017

Temos que nos borrifar para isto!

Isto de ser mãe, do que me parece até agora, é saber aceitar a "tentativa e erro". Fazermos um esforço activo para sabermos relativizar os nossos erros e para aplaudirmos os nossos sucessos, o nosso trabalho em progresso - que o será sempre. 

A Irene andou numa escola que parecia bater certo. Diziam as palavras certas ao ponto de mesmo as coisas que me davam vontade de me coçar fazerem-me equacionar se não seria apenas mais um caminho diferente para os mesmos resultados. 

Pareciam saber do que falavam e, melhor pareciam gostar do que falavam. Cedi. A escola parecia bater certo, é verdade, mas eu não gostava da escola. Nunca gostei. Não interessa porquê agora. Interessa que senti que estava a emprestar a minha coisa mais preciosa a alguém que não iria cuidar dela com o mesmo cuidado e respeito que eu. Emprestei. 

Sempre de coração apertado. Sempre a empurrar-me para baixo: 

"É a primeira vez que a tua filha vai para a escola, é normal que sintas tudo isso. Toda a gente diz que és muito apegada. Até as leitoras do blog dizem que és obcecada, se calhar até és. Tens de confiar. Olha tantas mães a deixarem aqui os filhos. Olha como eles ficam calmos - ou parecem - quando saem e os miúdos ficam a chorar. Eles confiam nesta escola. Todos os pais confiam nesta escola. Para quê é que estás aqui a tentar destruir isto? Eles estão bem. Estão todos bem. É tudo tão simpático. Está tudo a funcionar. Quem és tu para dizeres que não gostas disto? Tu és só uma mãe-galinha, ansiosa. Deixa as coisas correrem. Tens de deixar ir. Ela está a crescer. Isto é natural. O que tu sentes é normal, guarda-o para ti". 

Vi coisas que não gostei. Com as quais não concordo. A Irene mudou de comportamento em casa e foi-se tornando cada vez mais difícil empurrrar-me. 

Já tinha a minha filha a gritar comigo. A mandar-me dormir. A fazer-me ameaças caso eu não comesse que me ia buscar outra sopa. A dizer que "não queria mais um piu".  Estavam a riscar a minha coisa mais preciosa. 

Falei sempre a medo ou "com educação" - enganava-me eu - dizendo que não queria isto para a Irene, se podiam dizer-lhe as coisas de outra maneira, se podiam explicar-lhe as coisas porque ela já percebe muito. Sempre a medo. Sempre com educação. Sempre com uns sorrisos pelo meio para não me acharem antipática. Ainda por cima, gostava mesmo das pessoas. Apesar. Apesar de me estarem a riscar a minha coisa mais preciosa sei que não o faziam por mal. Sei que o faziam apenas por não terem mais ferramentas ou por cansaço ou por automatismo. Não consigo encontrar nada mais cansativo que cuidar de tantas crianças e naquela fase, mas a mim faltam-me decididamente ferramentas. 

Não consegui mais. Vi. Eu vi. Da primeira vez vi e fiquei enjoada, enojada e zangada, mas calei-me (calei-me, empurrei-me) e foi com ela. Da segunda vez não foi com ela mas foi horrível (para mim). Não conseguia mais ir trabalhar sabendo que as feridas da minha filha que não se viam estavam a ser feitas eu não saber falar comigo. 

Fiz as coisas desastradamente e aflita. Sabendo que há escolas para todos os gostos e eu não gostava daquela. Ou, pelo menos, da escola que a Irene estava a ter - tenho uma amiga que é uma mãe maravilhosa e que está a ter uma experiência perfeitamente diferente naquela escola.

Da próxima - errarei muitas mais vezes e provavelmente para sempre - não me vou calar com medos imbecis de ser vista como mãe galinha, mãe ansiosa, mãe o que for. 

Dá para conversar? Perfeito. Dá para ouvir? Maravilhoso. As coisas mudam? 

Da próxima vez que sentir (e, pior, que eu vir) que me estou a riscar a minha coisa mais preciosa, não vou esperar tanto. Vou resolver. 

Resolvi. 

Temos que nos borrifar para o que vão pensar de nós por seguirmos a nossa intuição. 

Por eles. 





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Primeiro fim-de-semana sem a minha filha.

Estou neste momento a escrever este post com uma vista soberba, a ouvir uma banda que me diz muito depois de ter visto dois vídeos que o Frederico me enviou com a Irene na casa onde estão a passar este fim-de-semana com os avós. A minha filha nua. Nua nos braços do pai, na piscina, a brincarem ao "golfinho do meco". 

Apesar de termos acordado que a Irene passaria "fim-de-semana sim", "fim-de-semana não" com cada um, temos feito as coisas devagar e podia dizer que era só para o "bem da Irene", mas acho que é para o bem de todos. 

A primeira vez em que ela dormiu na casa do pai foi a primeira vez que não dormi com ela. Este foi o primeiro fim-de-semana, as primeiras três noites sem ela. Aliás, ainda está a ser.


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Ela está fabulosa. Está feliz, irrequieta e numa nova fase: está tanto a querer ser um bebé como "mais velha". Tanto quer maminhas, como diz "não quero maminha, para ser diferente". Está a crescer, com tudo o que isso quer dizer.

Este tempo sem ela entusiasmou-me. Vai ter muito pai, um pai que dança, que mergulha, que vai cuidar dela que a vai estrafegar e partir os ossinhos. Vai ter a avó que a alimenta, que a estrafega, que lhe mostra a beleza das pequenas coisas, que a faz gostar de pedrinhas e ervinhas e que lhe diz coisas como "Necas, já viste a cor do céu?". Consigo ouvi-las daqui: os risinhos e os inícios de birra. O avô sempre um passo mais atrás para controlar a retaguarda, para ver a big picture, sempre com um olho em tudo e o outro no resto.

A Irene a ser e a ser a maestrina dos corações de todos. 

Não sinto saudades. Sinto uma contemplação distante. Sinto que daqui consigo ver a Irene que temos. A Irene que é muito feliz, sem "apesar".  Estou genuinamente feliz por esta ordem das coisas que não só permite que todos nós a amemos sem merdas como também me permite desenterrar ou redescobrir a Joana que é profunda e extensa. Os meus braços servem para me segurar a uma cama de rede ou para dançar na piscina se estiver a dar uma boa música (ou tão má que dê a volta). Os meus olhos servem para me comover com uma vista lindíssima. As minhas pernas servem para ficar dormentes de estar tanto tempo à conversa sentada à mesa de jantar. As minhas mãos podem trabalhar levando-me o vinho à boca nos momentos em que ouço.  Os meus pés podem percorrer riscas direitas no chão sem ter que olhar para os lados ou para a frente com preocupações. Posso dizer asneiras, posso cantar no carro aos berros, posso falar sobre o meu passado, posso falar sobre o que me possui e começo a sentir-me. Posso adormecer e não saber onde pus o telefone. Não tenho relógio de pulso, sequer. O pôr de sol não significa nada que eu tenha que fazer. Posso ver. Só. 

Enquanto isto está a minha filha no colo de quem lhe quer o melhor. Enquanto isso a minha filha está a fazer o "golfinho do meco" nos braços do pai que a absorve ao milímetro com os seus olhos e que tenta reproduzir a beleza dela por palavras mas que nunca conseguirá, apesar de ser dono de palavras e de as saber fazer dançar. 

O primeiro fim-de-semana sem a minha filha é o primeiro de muitos fins-de-semana comigo.

Eu sou a mãe da Irene, mas tenho um nome.



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9.02.2017

Onde anda a vossa melhor amiga?

É parte de nós. É nossa família. Esteja em que fase estivermos.

Com a Susana já tive fases de tristeza (poucas, mas intensas), fases de euforia (quase sempre) e fases de calma em que "estamos só" - como ela diz. 

Na gravidez, houve um timing em que nos afastámos. Ou terá sido quando conheci o Frederico? Cheguei a ficar zangada por a minha "irmã" não me ter visto no processo de vir a ser mãe. Queria-a comigo, mas nenhuma das duas estava pronta ou "no ponto" para isso. Bons tempos depois (faltava estarmos juntas), a zanga passou a compreensão e o amor veio ao de cima (não que alguma vez tivesse desaparecido).

A nossa química mantém-se. Temos crescido as duas, mesmo que nalguns anos (meses), tenhamos estado menos perto. Ninguém mais do que nós sabe do que a outra é feita e do caminho que fizemos. Creio que nunca tenhamos sido tão transparentes com ninguém como somos connosco. Sendo que este "connosco" somos nós e nós mesmas. 

Agora já nos encaixamos de novo. De outra maneira. Uma maneira adulta que fez com que levássemos uma caipirinha e uma piña colada no outro dia para o quarto de hotel às 10h da noite enquanto a Irene dormia, mas a maneira adulta de quem já balança entre o momento e outras coisas que o enriquecem. 

Ela esteve sempre aqui, só que na vida dela. Tal como eu na minha. 

Fomos passar 4 dias de férias ao Vila Galé Clube de Campo com a Irene. Houve alguns momentos, há uns meses, em que senti tristeza por passarmos a ter estas idas de férias sem a família completa, isto é: a Irene ter férias de Verão com a mãe e depois com o pai. Mas acabaram por ser algo... fenomenal. 

Nós as três temos algo que se chama "O Clube das Amigas". Já não sei como surgiu. Começou com um hi-five por estarmos as três contentes por estarmos juntas e passou para fazermos voz grossa, afastando as pernas tipo lutadoras de sumo, fingindo que temos um bigode com o indicador. 

A Tia Susana não é daquelas Tias que se chama assim não sei porquê. É mesmo Tia. A Irene gosta quando a Tia lhe lava os dentes, quando dá a sopa, quando tomou banho com ela, quando fica horas com a Tia na piscina (mesmo que eu desapareça - tão bom) e já quis que a Tia lhe abanasse o rabo para adormecer. 


Fotografia que a Irene tirou à Susana enquanto ela nos fotografava.


Sinto que a Irene me ensinou a amar melhor. O meu peito é dela (literalmente), mas ensinou-me uma linguagem que, quando transposta para a "vida real", torna tudo muito mais lento, denso, simples e adorável. 

Ter estes sentimentos tridimensionais pelas pessoas que mais amamos faz com que uma meia semana em Beja se tenha transformado numa espécie de Natal, naquilo que sempre quis que o Natal fosse. 

Uma parte de mim feita em mim e uma parte de mim que encontrei no liceu. 

Onde anda a vossa melhor amiga? Em que fase estão?


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9.01.2017

8 Coisas Inesquecíveis

Ah que isto me soube pela vida. Até à minha amiga Susana que, pelo que viu no telemóvel, o stress dela desceu ao ponto de até se esquecer de ver o stress no telemóvel outra vez - há um sistema de medir isso e outras coisas nalguns telemóveis com o dedo e tal. 

Até a minha rosácea foi recuando aos poucos, com calma, fazendo com que eu voltasse a parecer os 16 anos que tenho. Isto sim, foram umas férias como deve ser, mesmo com filha. Se levar a Tia Susana  fez com que não me tivesse de esmifrar 65% das vezes na piscina nem que tivesse de ser eu a contar 34878423 histórias de baratas porque a Irene teve esse apetite? Yup. Mas não foi só a companhia que fez destas férias das melhores de sempre. 

Eis o que fizémos de inesquecível no Vila Galé Clube de Campo e em Beja (se escrever Braga lá mais para a frente ignorem que tenho uma pequena disléxai - de propósito que sou muito divertida): 


Dar "o comer" aos animais

Não há melhor do que ouvir esta expressão. Vem normalmente de alguém que gosta de dar "o comer" aos outros. No próprio Clube de Campo tínhamos uma quinta pedagógica onde a Irene pôde dar pêras Rocha (da herdade) aos animais e também algumas folhagens à socapa. Imaginam o que é terem uma quinta ali à mão para irem sempre que vos apetecer com os miúdos? Nestas fotos que vêem foi ali "um bocadinho" antes do jantar. Que privilégio. 







Vá, já espeto isto num grupo de amamentação no facebook (esse mesmo), mas vocês levam com esta fotografia na mesma que está adorável.


Passear e tirar fotografias do camandro ao pôr-do-sol 



Parecem fotografias de gente profissional, apesar de a Susana ter tanto jeito para a fotografia como eu tenho para fazer embrulhos de embalagens não rectangulares.

Manhãs passadas no Jacuzzi a intimidar pessoas com este olhar da Irene para ficarmos à vontade. 


Adoro esta "Who farted?" face.


Tirar fotografias do camandro ao pôr do sol mas em cenários que davam para a capa da Pais e Filhos 



Isto se ela não estivesse a usar 85% de roupa de hipermercados ou equivalente. 

Escusado será dizer que renovei os wallpapers todos aqui da menina...


 Segundo consta, fui jantar "ao melhor restaurante da minha cidade". 

Apaixonámo-nos por esta Vovó Joaquina. Foi o Google quem sugeriu, a Susana e eu achámos que era instagram friendly, vimos que tinha comida para mim (sou muito esquisita, tenho um paladar alargado ao nível do de um puto americano) e fomos. Além da decoração ter sido no ponto (fez-me lembrar um pouco o Fábulas no Chiado), a simpatia dos empregados deu-me quase vontade de pedir o número de telefone a um ahah. Além disso, a comida estava maravilhosa, a carne estava bem selada e tenra, tudo optimamente bem temperado e pensado ao nível das texturas também. Uma boa forma de servir comida portuguesa, regional, sem reinventar ao ponto de parecer totó, mas tratando-a com carinho e amor - mais ou menos o que o empregado me sugeria ahah. Recomendo vivamente. Ah! Deu Doors. 







Bem em frente à Vovó havia esta casa criativa tão bonita, cheia de Origamis ou de filhotes da não-queimada.




Depois voltei para o restaurante que estava com medo que a Irene marchasse o pão quentinho todo. Raio da miúda.




Passeámos de Jipe com o Rúben 


Inscrevemo-nos no balcão da Emotion lá no Vila Galé Clube de Campo e como não havia bom tempo para vôos de balão (yyyyyuuuppppp), contentámo-nos (e bem) com uma viagem de Jipe com o Rúben. Um bom moço que nos presenteou com imenso conhecimento sobre as aves dali e outros animais, além de umas pêras acabadas de apanhar. 

Ora, sobre aves: 

Há a Poupa que é muito bonita mas que todo o ninho dela é feito com cocó. Até há a expressão "poupa, poupa, mas o ninho é feito de merda". São muito bonitas, apesar de porquinhas - que é o que penso de algumas miúdas com 20 anos que por aí andam (ressabiamento puro haha). 

Há outro pássaro que, quando quer impressionar, faz uma dança esquisita, arranca penas do peito e as lança no ar tipo "make it rain". Acho que elas ficam doidas e depois é ir aviando o aviário todo. 

Sobre cavalos: 

Eles têm um garanhão que se chama Ruby da Broa que passa alguns meses de fomeca de amor à séria. Depois possuem várias fêmeas que já não sabem o que hão de fazer mais à sua vida. Quando o garanhão chega ao grupo está todo peitinho para fora e cheio de saúde, mas quando volta está esmifradinho, magrinho e a ter que repousar. Como um stripper malandro numa despedida de solteira de uma cinquentona (não sei o que quero dizer com isto). 

Fomos à capela pelo que se poderão casar por lá se acreditarem no amor e na "igreja". É gira e fresca - comentário mais extenso possível haha. 

O Rúben disse imensa coisa, mas o resto não teve tanta piada. Rúben, foste o funcionário destacado no questionário do hotel. Espero que pingue qualquer coisa. 








A Irene andou no Colombo em Beja.

É o nome do burrito querido que fez com que a Irene sorrisse desta forma. Inscrevi-me no balcão da Emotion também (fica logo na recepção, para quem for). 






Tivémos tempo para ter tempo.

Ler a apanhar um solzinho, ali enquanto não chegam as sopas ou enquanto se seca da piscina. Tão simples. Só ler. Levei os livros que a Irene escolheu no site da Maria Minho, todos portugueses e confesso que me entusiasmo com capas (além do conteúdo) e a maior parte é lindíssima. 




Ela estava a fotografar a Susana que nos estava a fotografar. 
Não me lembrei da útima vez que me sentei com ela no chão só porque sim, para estar ali um bocadinho à sombra. Viva Alentejo. 


Houve ainda mais coisas boas destas férias em Beja que vos irei contando. Estas foram aquelas que vocês poderão repetir, tranquilamente, a menos de duas horas de Lisboa (por exemplo) e, por isso, mesmo que já tenham queimado as férias todas, têm sempre os fins-de-semana. É Beja, vai estar calor até Dezembro ;) 




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8.28.2017

As birras da Irene

A Irene faz birras. São sempre razoáveis. A Irene tem três anos. 
As birras da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá. 
As birras da Irene são adoráveis porque é a maneira infantil e bonita que tem de dizer que quer muito, ao ponto de (ainda) não se conseguir controlar.
A Irene tem 3 anos, a Irene não se censura. 
Irene tem sono, a Irene tem vontade de comer, a Irene fica entediada, a Irene não compreende as razões dos adultos. 

A mãe vê, a mãe explica, a mãe abraça, a mãe ajuda. 
A Irene acalma, a Irene (às vezes) percebe, a Irene espera, a Irene consegue. 




A mãe da Irene faz birras. Raramente são razoáveis. A mãe da Irene tem 30 anos.
As birras da mãe da Irene são porque quer algo e não consegue ou não tem ou não dá.
As birras da mãe são totós porque é uma maneira infantil e impaciente que tem de dizer que quer muito algo e (ainda) não se saber controlar. 

A mãe da Irene tem 30 anos, a mãe da Irene (ainda) vai crescendo. 
A mãe acalma, a mãe percebe, a mãe espera, a mãe consegue. 

A Irene também é as birras. 
A mãe da Irene também. 

3 anos, 30. 

Reconhecer, compreender, aceitar ou mudar. 
Amar. 
Incondicionalmente.



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8.24.2017

Maternidade Low-Cost.

Coisas que, três anos depois, não teria comprado e teria poupado imenso dinheiro: 

- Brinquedos de plástico

São datados, são irritantes e não ficam bem em lado algum. Prefiro comprar ou instrumentos musicais (tem muitos) ou brinquedos de madeira de maior duração e cuja utilidade vai mudando consoante o desenvolvimento dela. 

- Peluches

Para quê tantos? A maior parte não fui eu a comprar, mas já reparei que eles escolhem um ou dois e os outros são só "malta". 



- Pratos infantis

Que parvoíce, como é que caímos nesta? Who cares o tipo de prato? Além de que eles, ao comerem nos nossos pratos até ganham uma noção de consciência e responsabilidade diferente (claro que não lhes daríamos os pratos tão cedo para as mãos, só quando estivessem preparados).

- Milhares de copos de plástico assim e assado. 

A bebés que bebem de um copo, sem mariquices. Será que não dá para passar de um para o outro ou usando as palhinhas, simplesmente? Desconfio que um próximo não terá acesso a 88 maneiras de beber água por garrafas diferentes. 



- 48 talheres

Sejamos honestos, pomos a loiça a lavar ou lavamos a loiça com alguma frequência. Não precisamos de ter talhares como se deixassemos de ter água em casa durante semanas. 

- Esterilizador de biberões

No meu caso praticamente não usei biberões, mas também reparei que a fase de esterilização passa rápido e que não é necessário um mono lá em casa. 

- Demasiada roupa

Fazendo as contas à quantidade de vezes por semana que se lava e passa roupa, só precisamos de x número de conjuntos que, se alternarmos, darão um dobro. A Irene tem roupa demais para cada estação, mas vai deixar de ter, muahah. 

- Chuchas

Apesar da Irene não ter usado chuchas, chegou a uma altura que tenha 342. E, que saiba, eles têm uma ou duas que gostam (se não tiverem tantas alternativas devem conformar-se mais facilmente, digo) 



- Muitos sapatos

Apostar nos neutros e para estilos variados! A Irene precisa de um par de ténis, umas botas, uns sapatos mais betos, umas sandálias e uns chinelos. Porque é que parece ter tantos sapatos como eu (mesmo sabendo que o pé dela cresce e vai tudo a abrir não tarda!). 

- Berço

Nunca teria comprado o berço, teria passado imediatamente para o colchão no chão no quarto dela. Sem berços para não me enervar. É uma mini-jaula tanto para nós como para eles. E quando temos que os por no berço depois de duas horas a embalar? Não havendo berço.... mais fácil ;)

- Trocador

Se se planear bema  mobília, qualquer cómoda poderá fazer de trocador com algo fofinho para por o bebé por cima. Simples. 



- Mala do bebé

Compramos uma mala maravilhosa para arrumar tudo em todo o lado mas, na verdade, qualquer mochila serviria para o mesmo. Criativamente até poderíamos ter criado compartimentos com saquinhos, caixas o que for. 

- Cadeira de alimentação XPTO

Que parvoíce. Nem vos digo quanto custou a nossa cadeira de alimentação, quando as do Ikea servem perfeitamente... e custam 1/1000000 dos euros além de lhes termos menos amor e deles poderem brincar à vontade com menos avisos. 

- Livros de Puericultura

Andei a ler porcarias imenso tempo e a comprar demasiados livros muito cocós até chegar aos melhores. Podia ter tido uma mãe amiga que me soubesse guiar, mas não tive. Tempo e dinheiro perdido. 



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8.23.2017

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Foi hoje. 

Desde que nos decidimos separar até hoje não pensei muito mais nas dúvidas que a Irene pudesse ter. Naquela primeira semana explicámos que ela iria ter duas casas: a da mãe e a do pai e que ambas eram dela também. 


Foi pacífico. 


Fomos aconselhados (e bem) a explicar as coisas só dentro daquilo que ela perguntasse. Tenho-me apercebido que é realmente a melhor técnica. Apesar deles só perceberem o que são capazes de perceber, escusamos de tornar isso mais difícil e confuso.

Hoje, quando saímos de casa para a ir levar à casa do pai, ela perguntou "era ali onde íamos passar as duas e dizíamos adeus ao pai que ia à janela". 

Respondi que sim e com um sorriso, surpreendida por ela se lembrar e também para retirar qualquer conotação triste que pudesse ter (que não tem, minimamente). Naqueles 30 segundos de silêncio para mim - que, na realidade, devem ter sido uns 2 na vída real - veio a pergunta: 

"Porque é que a casa da mãe já não é a casa do pai e da Necas?"

Tinha já uma resposta longa ensaiada, mas editei-me. Por ela. Eu conheço-a, sei o que a cabeça dela já organiza e o que ainda é complexo e sei que tanto o conceito de namoro, amor e de final de relação não interessa muito. O que lhe interessaria? Que ambos a amamos, mas que houve uma mudança. 

Disse-lhe: "Porque agora somos só amigos, filha". 

E calei-me. Eu que tenho a tendência para aprofundar tudo, para explicar tudo o melhor que posso, tive de pensar nela (eu cá me vou resolvendo, não preciso destes momentos com a Irene para me organizar). 

8.22.2017

Quero ser a Daenerys Targaryen!

As haters cabritas que estejam quietinhas com os spoilers que ainda tenho mais de metade do episódio de ontem para ver. Vá, sosseguem esses úteros marotos. 

Não consigo ver a Game of Thrones em paz, sem que a minha cabeça não se atreva a massacrar-me com pensamentos bastante possíveis - not.

Depois de ter papado todas as temporadas até aqui, todas elas com maior atenção do que aquela que dou, por exemplo, à minha pedicure, acho que já estou em posição de dizer que quero ser a Daenerys Targaryen e não por um motivo, mas por vários: 


- Pode estar perto daquele rapazinho que é o Jon Snow

Isto foi quando lhe disse tudo aquilo que tínhamos em atraso para tratar os dois. 

Digo isto porque ele tem ar de ser interessante. Parece ser alguém para ter muito perto. Mesmo muito perto. Mesmo mesmo muito muito perto. Mesmo, mesmo... Ela bem quer que ele se ajoelhe. Ele é que acha que é para ela ser a rainha dele, mas não. Ela sabe o que quer e como já ouviu dizer "You know nothing, Jon Snow", quer-lhe ensinar umas coisinhas giras. 

-  Em vez de ter bebés, teve dragões

Sabe pouco. Viram algum dragão com fralda? Viram? Algum a pedir mama? Incomodado por ter que arrotar? A dizer que não quer sopa? Pronto. 

- Fez sweet love com o Khal Drogo



Estava sujinho? Estava, mas não tinha bicho. Quer dizer, acabou por ter que acho que morreu com uma doença qualquer, não foi? Foi, porém, com uma ferida de batalha... Valentão que andou à lutinha e ficou com dói-dói. A mãe dá beijinho, dá... 

- É a não-queimada

Vocês têm a noção do jeito que isso daria para tirar coisas do forno? Ou para não fazer a figura de estúpida que fiz na semana passada quando pus óleo bronzeador na barriga e me tinha esquecido que ainda estava branca nos meus lindos abs por só ter usado fato-de-banho este ano? Khalessi ratolas. Pode estar ali de papo para o ar na boa enquanto o Inverno não chega sem se preocupar com que tipo de factor se besuntar. 

- Anda num dragão

Pode já não fazer amor há alguns episódios, mas ninguém me diz que andar em cima de um dragão não terá os seus encantos. O Lanister disse-lhe para ela não ir que podia falecer e o que é que ela fez? Foi na mesma! Não podia era dizer: "ah, tu és a mão da rainha, mas como não somos íntimos ao ponto de me poderes tratar de outros assuntos, uso o meu dragão de surra!".

- Dracarys!

Hoje esmifrei o forno até mais não a fazer pescada com batatas e vegetais para a Irene, banana assada e vegetais para mim. Era só um Dracaryzito como quem não quer a coisa e aquilo ficava tudo pronto e sem radiações. Sinto que os dragões não estão a ser aproveitados como deve ser.

- É sexy só com as axilas de fora



Brincamos ou quê? A Daenerys sabe que não abundam gilettes por ali e, por isso, pensou: mais vale escolher aqui umas roupas que me escondam as pernas e como tenho de andar de dragões e ainda não vi ninguém com soutiens, vou pô-las aqui bem apertadinhas. Não sei como fará para rapar as axilas, mas talvez tenha sempre os braços para baixo que era o que eu fazia quando ainda não tinha tido coragem para pedir à minha mãe para me comprar uma e usava a dela ocasionalmente às escondidas. 

- Não tem de fazer raízes!!

Não sei como é que a Shakira lida com isto, mas ela está claramente numa posição de vantagem. É óbvio que não é tão loira assim, mas não há cá raízes para ninguém. 

- Fala Valeriano

Parece-me uma excelente opção sempre que quiséssemos mandar alguém fazer algo à quinta pata de algum mamífero de grande ou médio porte. 

- Está apta para instagram por causa das trancinhas-mete-nojo

Não sei se é a Missandei que lhe faz aquilo (ela tem que fazer qq coisa já que o Verme poderá não ser muito produtivo muahah), mas temos aqui uma instagrammer in the making. Não tarda já está a aceitar coisas da Forever 21 e a usar o #ootd que me partiu a cabeça toda durante meses por não saber o que era até que me lembrei de ir ao Google e é: outfit of the day. 

É só isto. 

Obrigada. 

Boa noite. 


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