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3.02.2021

Já não me sinto tão culpada

Num ano de pandemia, já passei por vários estados. Já me senti culpada por não conseguir chegar a todas as frentes, trabalhar bem, ajudá-las na escola, fazer refeições decentes. Já dei tudo o que tinha para que tivessem estímulos e se sentissem motivadas, já relaxei e pensei que "já estarmos todos vivos é uma sorte", já me senti extremamente frustrada, já chorei com elas, já me enchi de coragem e tive esperança. Já vivi dia após dia, mas também já quis fechar os olhos e acordar um mês depois.


Já pensei, mais do que uma vez, "elas ficam bem" e já lamentei várias vezes por este ano cheio de mudanças, por mais uma festa de anos da Isabel sem amigos, pelas saudades que têm das primas, dos avós, da vida sem grandes restrições. Claro que relativizo, claro que penso na sorte que temos. Mas nem por isso consigo levar tudo de ânimo leve.

Uma das coisas que me fazia sentir culpada era sair para ir trabalhar e ter de as deixar em casa. Gravações em televisão significa que já não as vejo nesse dia, que já não as deito e aconchego. 

Agora já não me sinto tão culpada. Percebi que a culpa, neste caso, não leva a lado nenhum. Que não me ajuda a ser melhor. Nos dias em que estou com elas, dou o meu melhor (e não me condeno quando não estou capaz de dar mais). Claro que ainda me sinto assoberbada quando tenho as duas em zoom a chamarem de um lado, a outra do outro e eu a ter de me concentrar a trabalhar. Claro que lamento não ter uma maior organização, preparar refeições com antecedência, calendarizar melhor tudo, mas QUEM TEM? Quem estará a ser capaz de fazer tudo e de manter a sanidade?

Deixemos a culpa de lado. Isto não é fácil e ponto final. Encorajemo-nos uns aos outros, ouçamos os desabafos uns dos outros e mantenhamos a coragem. Não somos culpados, caraças. Força a todos!






11.05.2020

Ninguém te diz que ser mãe é difícil?

"Ninguém te diz que ser mãe é difícil". Mito. Acho que o que não falta mais por aí, de há uns anos para cá, é gente a queixar-se. A desabafar. A gritar o quão difícil, e por vezes solitário, pode ser este papel da maternidade.

Foi  um bocadinho esse o nosso papel de início, quando criámos o blogue. Mas não nos enganemos. Já muita gente nos tinha dito que era difícil. 

Claro que muitas mães andaram a dourar a pílula durante alguns anos - acho que era para elas acreditarem nisso. A emancipação trouxe-nos também isso: a pretensão de sermos capazes de tudo. Queremos (continuar a) ser boas profissionais, miúdas espertas, com (alguma) vida social, buço feito, e queremos ser mães, presentes. Ah! E a casa não se limpa sozinha. Não queremos falhar em nada.

Mas muita gente já tinha gritado por socorro, pedido ajuda. Nós é que não estávamos dispostas a ouvir. Convenhamos: antes de sermos mães, quão interessadas estávamos em ouvir falar sobre maternidade? Em ler sobre amamentação? Em querer perceber ciclos de sono? 

E o meu ponto aqui é: se tivéssemos lido, ouvido, visto: o que teria efetivamente mudado? Talvez não nos cobrássemos tanto. Não sentíssemos que estávamos a falhar. A Joana Gama uma vez confessou-me que, por eu ter parido a dar gargalhadas, ela andou alguns meses a esconder o quão traumatizante teria sido o seu parto. Acho que escondeu até para ela própria. Não me apercebi e nós até falávamos todos os dias, imaginem.

Nós tendemos a ativar um modo de sobrevivência e a relativizar algumas coisas para superá-las. Mas acho que é importante continuarmos a partilhar o bom e o mau. Saber que não fui a única pessoa a adormecer a filha a chorar (eu, não a filha - quer dizer, a filha também), que não era a única com dúvidas, arrasada quando ela não comia nada, triste quando não consegui que voltasse a mamar, com 9 meses, depois da pneumonia.



Este espaço tem sido isso: um espaço de partilha. E, apesar de, ao fim de 6 anos, já termos mais equilíbrio em cima da bicicleta, a corrente de vez em quando ainda sai. E temos de sujar as mãos para a colocar no sítio. Talvez já não seja tão visceral, tão duro, mas continua a ter as suas dificuldades.

E quais são as minhas maiores dificuldades e medos neste momento, perguntam vocês? Vamos à lista:

    - andar a sentir-me constantemente cansada

    - não me andar a alimentar propriamente bem

    - não ter tido tempo para fazer desporto (ou motivação?)

    - não conseguir gerir muito bem as crises entre as duas miúdas, que se magoam e aleijam à séria

    - não estar a encontrar ferramentas decentes para as birras da Luísa, que me parecem cada vez maiores

    - ter a casa sempre num caos (ando a pensar seriamente em investir em alguém, nem que seja 4h por semana...)

-     ter receio de que voltemos a estar confinados (não só pela minha sanidade mental e de deixar de ter trabalho, mas receio da ansiedade generalizada, dos despedimentos, dos negócios a falir, das depressões...).

O que é que muda depois de fazer a lista? Nem sei. Mas é como ir ali ao campo mandar um grande grito. É lançar para o universo e ver o que vem de volta. Feito.

Quais têm sido as vossas dificuldades enquanto mães, enquanto mulheres, e o que é que esta pandemia ainda veio piorar - ou até melhorar - nas vossas vidas?


7.16.2020

Ri-me mas depois fiquei a pensar...

“Tenho saudades de Miami”, disse esta amostra de gente, quando estávamos em casa, num dia destes. 



Claro que me parti a rir, para logo depois ficar a pensar sobre isto. É uma sensação maravilhosa saber que guardam memórias das nossas viagens, saber que gostam de conhecer o mundo e que o tempo em família é aquilo que mais as deixa felizes. 

Mas, por outro lado, pergunto-me se vão ter noção do privilégio que têm. 
Se vão conseguir continuar a dar valor às coisas mais simples. 
Se vão gostar de estar em casa, sem planos, e não exigir tanto da vida. 

Por isso, tinha planeado ficarmos por casa este fim-de-semana. Só que uma das melhores amigas, que tem casa de campo e piscina, acabou de nos convidar. É tentador, por todas as razões. Porque é tia delas e as adora. Porque a adoramos. Porque vamos poder refrescar-nos, vão correr e jogar à bola. Vamos conversar, rir, comer grelhados e brindar. Por que não? Porquê ficar neste T2 quente, sem ar condicionado? Ainda por cima depois dos meses por que passámos em que a liberdade era tão mais escassa. 
O que lhes/ me quero provar? 

Sim, a Luísa com 4 anos já viajou mais do que eu quando já tinha tinha carta e podia votar. Sim, já foram a mais hotéis do que eu quando já namorava.
Mas vou prescindir de tudo isto só porque tenho medo que se venham a tornar numas miúdas mimadas ou exigentes? 
Acho que consigo ensinar-lhes coisas importantes sem deixarmos de ter estes momentos bons em família. Acho que consigo,  no dia-a-dia, que se surpreendam com as coisas mais pequenas - aliás, as crianças são pródigas nisso: a ver mais além, a imaginar, a encontrar pormenores em coisas que nos escapam. Que se aborreçam com tédio, que é tão importante para criar. 
Espero conseguir passar-lhes uma dimensão do mundo, do esforço, das diferenças, de uma realidade que não se prenda no nosso umbigo. Sem perder a noção. Espero. 

Aproveitar, agradecer, dar valor... a tudo. 
Acho que é isto. Mas sei lá eu. 

6.30.2020

O nosso roteiro de caravana pela costa vicentina


"É como se fosse uma casa, mas com rodas!" Isabel

Desde que as miúdas viram o episódio da Porquinha Peppa passado na autocaravana, que me pediam constantemente para, um dia, lhes cumprirmos esse sonho. Foi agora. 
Durante 4 dias, eu, as miúdas e o meu melhor amigo, fomos experimentar viajar numa autocaravana. Há muito que desejava que o primeiro roteiro fosse a costa alentejana - costa vicentina. Assim foi. Quando saímos de casa, nesse dia, as miúdas estavam num grau de histerismo nunca antes visto. Mas tem camas? Mas tem sanita? Mas tem televisão? Tem. Tem. Tem.

A Joana Gama já tinha tido uma boa experiência com a OmFreeRentals e, apesar de não termos ficado exactamente na mesma caravana, tudo correu lindamente. Bem, quase tudo, mas já vos explico.

ROTEIRO

1.º dia - Lagoa de Santo André
Fomos decidindo por onde passar e onde ficar no próprio dia. Eu e o Renato já conhecíamos a maior parte das localidades, mas as miúdas, tirando Almograve, Cavaleiro e Zambujeira, ainda não. Tínhamos em mente começar pela Lagoa de Santo André, por não ser muito distante de Lisboa e por ter águas calmas e não muito profundas para as miúdas, e depois ir descendo. O parque de campismo é muito calmo e tranquilo (fica a 19€ a noite, 2 adultos e duas crianças + caravana) mas, atenção, já só existia um lugar, talvez seja melhor marcarem com alguma antecedência). Bebemos umas somersby a ver o pôr-do-sol na praia, as miúdas baloiçaram nos baloiços do bar da praia e perturbaram o romance de casalinhos que por lá estavam, o normal, portanto.


2.º dia - Porto Covo  - Odeceixe

De manhã, fomos até Porto Covo. Ficámos umas horas na Praia do Banho, que é pequenina e linda (espreitámos andes de descer e não estava muita gente), tem grutas, peixinhos e lapas - as miúdas adoraram.  "Estamos a viver aventuras", diziam. Comemos umas sandes de um takeaway algures e um gelado óptimo (no Prime). 
Depois, seguimos até Odeceixe já ao final da tarde, onde fizemos uma busca intensa por um espaço para ficar, mas acabámos por ficar num descampado com mais dois autocaravanistas. Corremos o risco, correu bem, mas não vos quero aconselhar, como é óbvio. [Deixo o link daquele que considero o melhor blogue do género, onde se podem informar do que é legal, das áreas protegidas, etc, etc]. 










3.º dia - Odeceixe - Aljezur - Arrifana

De manhã, estacionámos num parque para autocaravanas e descemos até à praia de Odeceixe, que é incrível. Na zona do mar, cria daquelas piscinas / pocinhas quentes onde as miúdas podem ficar a brincar horas a fio. Têm ainda o lado da ribeira de Seixe (que fingi que não existia porque me apetecia mesmo estar mais perto do mar. Almoçámos tarde uns petiscos num restaurante por ali, com aquela vista linda, e seguimos até à Arrifana. Pelo caminho, parámos em Aljezur para descansar e para comer um pastel de nata.








A Arrifana é mágica. O pôr-do-sol, as escarpas, a praia, o ambiente... A zona da fortaleza (lá bem em cima) tem das vistas mais bonitas que estes olhinhos já alcançaram. Mas, atenção, não me apeteceria subir aquele caminho todo da praia com crianças pequenas muitos dias (temos amigos que vão para lá todos os anos com bebés, mas gabo-lhes mesmo a paciência. Contudo, acredito que o resto compense). Jantámos por ali no restaurante da praia, com uma sangria óptima, um atendimento muito muito simpático, uma conta um bocadinho puxadota. Mas vá, um dia não são dias. Siga.











4.º dia - Arrifana - Praia da Amoreira - Praia do Carvalhal 

Depois do pequeno-almoço num hostel na Arrifana (as miúdas comiam sempre papas de aveia na caravana, mas nós reforçávamos sempre mais tarde), fomos até à Praia da Amoreira, muito recomendada por praticamente toda a gente que seguiu a aventura, e comprovamos: é, de facto, um destino obrigatório com crianças. Das praias mais kids friendly a que já fomos. Não fomos mesmo mesmo à praia, ficámos no riacho. Estacionámos pertíssimo, terreno plano até ao areal, pouquíssima gente e água praticamente doce, calma, clara. A Isabel ainda se barrou em argila para ficar com a pele mais macia, a Luísa aproveitou para andar nua. 







Depois, seguimos até à Praia do Carvalhal, onde almoçámos - foi mais lanchar, vá - uns cachorros. Adorámos o barzinho de praia (não me lembrava dele assim quando lá ia, na altura em que ia ao festival Sudoeste, velhos tempos).




Queríamos ter ido a Vale dos Homens, Montes Clérigos, Praia da Amália... e tantas outras, mas já não conseguimos. Fica para a próxima. Ainda parámos pelo caminho, algures num monte alentejano, para trocar de condutor e tirar uma bela de uma foto dos quatro, para mais tarde recordar.



DICAS 


➼ A app park4night ajuda a saber onde, nas proximidades, há sítios para abastecer água; esvaziar os resíduos (sim, esses que estão a pensar); deitar fora as águas dos banhos e da loiça, acampar, etc...

➼ Os intermarchés da região são (quase todos, acho) amigos dos caravanistas e costumam ter esse serviço (o de Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André é gratuito, por exemplo, é gratuito. No de Aljezur paga-se 2€ para encher os 100ml de água).

Tentem não se enganar nos depósitos. Eu pus gasóleo no lugar da água, à vinda, e além de terem ido 53€ para o galheiro, paniquei ao imaginar que tinha estragado o carro todo/ ia ser terrível para tirar o gasóleo das condutas, ou que podia provocar alguma explosão, sei lá. Tirem notas durante a explicação inicial e usem a cabeça...

➼ Há bastantes sites de aluguer de autocaravanas e vans. Tivemos uma experiência excelente com o Ricardo da Omfreerentals, que vos recomendo. As autocaravanas têm TUDO: desde tv (que eu nunca soube ligar - e se calhar ainda bem - mas é tão simples...) cozinha equipada, casa de banho com água quente, tomada, ar condicionado, mangueira para abastecer depois a água, detergente para lavar a loiça, mesa e cadeiras, etc. A nossa tinha cama suspensa em cima dos bancos das miúdas/mesa e cozinha, com uma escada e uma cama atrás. São ambas confortáveis, por mais estranho que pareça.

➼ Para calcularem orçamento, peçam todas as infos quando estiverem a alugar, de disponibilidade e preços (que variam consoante a época) e façam as contas com a caução, portagens, gasóleo, parques de campismo, etc.

➼ A parte mais difícil da gestão no interior da caravana, foi montar e desmontar as cadeirinhas. Estou habituada ao sistema de isofix e a caravana não tinha.

➼ Fomos carcomidos logo na primeira tarde, antes de descobrir que todas as janelas, e até a porta, tinham sistema de rede! Só nós...

➼ Há uma experiência muito gira que gostava de ter, da próxima vez, se formos mais para o Norte, que é ficar a pernoitar numa quinta vitivinícola. Vejam aqui neste site, pode ser uma boa opção.

➼ Se conduzir é fácil? Não, não é. No entanto, consegue-se! Se eu consegui, vocês também conseguem. É dar mais margem nas curvas, nas rotundas, para estacionar um adulto sai para ajudar, ir devagarinho, etc, etc. Não deixam de sentir tudo um bocado a abanar e uma sensação estranha de que aquilo não cabe em lugar nenhum, mas depois até se entranha.

Falámos ainda sobre esta experiência no nosso podcast, aqui, se preferirem ouvir enquanto conduzem ou arrumam a casa.

Gostaram? Espero que tenha sido, de alguma forma, útil.
Que mais praias e paragens recomendam para estes lados?
E outras zonas do país para ir de autocaravana?



5.26.2020

Disse-me que ia morrer e que ia ter saudades minhas...

Custou ler estas palavras? Imaginem o que senti quando as ouvi, repetidamente, antes de a adormecer. 

Primeiro, a Isabel perguntou-me se ela ia morrer. Já conversámos várias vezes sobre o assunto, nunca lhe menti, sei que faz parte terem momentos de ansiedade a pensar sobre o assunto.

Eu recordo-me perfeitamente de estar deitada na minha cama, pequenina, a pensar em qual dos meus pais morreria primeiro e o horror que qualquer uma das opções seria. Pensava também na minha morte e quando seria. Andei muitos anos a pensar que seria com 33 anos (deve estar relacionado com a idade de Cristo). Tenho 33 anos até 19 de junho, por isso, nunca se sabe (ahah esta era para desanuviar).

A morte não deve ser tabu, acho. Devemos falar sobre ela, tentar explicar numa linguagem que eles percebam, talvez não muito detalhada, simbólica. Eu evito dizer que pode acontecer a qualquer momento porque acho que isso lhe pode causar ainda mais ansiedade. Digo quase sempre que, normalmente, se morre já muito velhinho.

Mas não me lembro de uma crise tão grande nela, de um choro tão sentido. Quando me disse que ia morrer e que ia ter muitas saudades minhas arrepiei-me e tive de me morder toda para não desatar ali a chorar também. Perguntei-lhe por que achava que isso ia acontecer e ela disse-me que era porque engolia coisas do chão ou pêlos da gata, porque lavava mal os dentes (aqui confesso que me apeteceu rir, mas não o fiz) ou porque comia muitas "porcarias". Tentei não desvalorizar o sofrimento dela mas tentei explicar-lhe, com muita calma, que nada daquilo fazia com que alguém morresse. Que podíamos passar a ter mais cuidado com cada uma dessas coisas, mas para não se preocupar que não ia morrer. Abraçou-se tanto a mim que nem imaginam. Respirou fundo e adormeceu.

Se custou? Sim. Nessa noite, até o David foi espreitar se ela estava a dormir bem. A Isabel é uma miúda extremamente sensível, carinhosa, preocupada, atenta. Estive a tentar perceber de onde viria aquilo tudo, se estaria ou não relacionado com os tempos que atravessamos, com alguma coisa que possa ter ouvido, mas sinceramente, penso que não. Ela não está exposta a notícias nem a nada que se pareça e não falamos sobre isso à frente dela. Talvez tenham abordado o tema em algum dos desenhos animados que viu e isso me tenha escapado. O que quer que seja, ainda bem que ela tem a capacidade de desabafar e de conversar sobre o que sente.

Os vossos, falam da morte? 




5.22.2020

Em isolamento vamos até à "floresta"

Tem sido este o nosso destino quando queremos ir respirar: a “floresta” É uma mata perto de casa onde já apanhámos pinhas, vimos cogumelos e ouvimos os passarinhos. São
minutos de paz e, ao mesmo tempo, de aventura. Quero que as minhas filhas valorizem a floresta e, também por isso, fiquei super orgulhosa quando as vi fascinadas com o Dá a Mão à Floresta, o projeto de responsabilidade social e ambiental da The Navigator Company.

Já saiu o terceiro episódio dos desenhos animados em que o Vasco e a Nádia aprendem sobre o ambiente, a biodiversidade e todas as espécies que habitam a floresta. Desta vez, ficaram a conhecer todas as potencialidades do eucalipto.



Além destas aventuras, podem explorar o site, que tem jogos (elas já aprenderam como é o tritão-de-ventre-laranja ou o guarda-rios e já conseguem identificar várias árvores pelas sombras) e tem ateliers, contos, floresta musical, enfim... um mundo enorme de atividades para se divertirem e aprenderem.

Venham mais desafios e mais episódios!

5.18.2020

Como foi este primeiro dia de creche?

Acredito que não tenha sido fácil. São tempos estranhos estes e vai ser complicado, digo eu, recomeçar. Contudo, acredito que educadores e auxiliares estejam a dar o seu melhor para equilibrar indicações e para nada faltar aos “seus” meninos. Se um recomeço, depois de férias “normais” são quase sempre difíceis para os miúdos (as minhas filhas adoram a escola e depois das férias - pelo menos a Luísa - ficariam com a mãe), regressar e ver caras sempre tapadas e um sem-número de várias novas regras, deve ser ainda mais complicado de gerir. 

No entanto, acredito também que com muito amor, tudo se faz. Acredito que nem toda a gente tenha deixado já os filhos (por não ter ainda voltado ao trabalho) e que esse processo mais gradual ajude. Os miúdos são muito resilientes e acho que depressa se vão habituar a esta nova realidade. Não quero acreditar que as imagens que vimos de uma escola em França ou o pessoal todo equipado como se num hospital trabalhasse, até de luvas postas, sejam replicadas. As crianças não podem ser enjauladas e separadas, nem o ambiente numa creche pode ser tão assético ao ponto de não permitir o que de mais básico tem de existir: contacto. Muitas das regras que li são muito dificilmente cumpridas ou perder-se-á o lado humano e genuíno das interações humanas e com os pares. Prefiro acreditar que são apenas orientadoras/ideais mas não exaustivas e taxativas. 

Ainda não sei se as miúdas voltam em junho ou só em setembro. Vai depender de uma coisa: eu voltar ou não a ter trabalho. Sou trabalhadora independente na área de conteúdos de TV e os projetos em que estava pararam. Logo, fiquei sem trabalhar e sem receber. Se porventura voltarem em junho, também eu voltarei. Duvido, no entanto. 



E vocês? Como viveram este regresso, se foi o caso? Como correu? 

Quem tem filhos na pre, voltam em junho? Como se vão organizar? 


5.10.2020

Adormeceu a soluçar com saudades da avó

E partiu-me o coração. 



Por um lado, tento imaginar que se estivéssemos emigrados também seria impossível estabelecerem contacto físico com os avós e a vida seguia. 
Por outro, sei que eles estão ali. E elas também. O meu pai sozinho há dois meses. A minha mãe tem um ecrã cheio de corações e máscaras do messenger a enfeitá-la. E o cheiro? E os abraços quentinhos? Elas sentem falta deles. Eu também. 

Eu achava que o pior já tinha passado, em termos de habituação, de mudança de rotinas. Psicologicamente, sinto-me mais estável até. Mas noto-as, nos últimos dias, mais desejosas de voltar. De voltar a ver os amigos, a escola (a Isabel pede-me - por favor, mãe! - para pelo menos ir um dia a esta escola, antes de mudar para a escola onde vai fazer o primeiro ciclo), os avós e os tios, as primas. Não é que estejam o dia todo a bater nessa tecla, mas de vez em quando descomprimem expressando a frustração de lhes terem alterado o esquema todo. 

Quando? Pergunto-me muitas vezes. Quando poderemos ver os meus pais e a minha avó? O máximo que aconteceu foi no dia 16 de março a minha mãe escrever na estrada, lá em baixo, "parabéns Isabel" e vir cantar os parabéns da rua. Ainda nem os visitei (mesmo mantendo distanciamento) por achar que dificilmente conseguirão manter uma distância de segurança. Que, por muito que lhes explique as regras, vai ser doloroso não poderem interagir fisicamente com eles. E quero protegê-los. E aos outros. 

Mas até quando? Também se perguntam isto? Até quando teremos de privar avós e netos ao que de mais precioso têm na vida uns dos outros? Até termos imunidade de grupo? Até encontrarem uma vacina? E haverá vacina para este vazio? Para acalmar os soluços da Luísa, que vêm normalmente à noite quando me pede para lhe cantar a música do Vitinho (a mesma que a minha mãe lhe costumava cantar quando a adormecia)? 

Acredito muito nesta necessidade deste isolamento (e os resultados estão à vista: fomos alunos bem comportados e estamos a ter boas notas). Temos de continuar a respeitar a distância, a higienização e tudo o mais, em prol de todos. Esta responsabilidade e consciência colectiva é bonita de se ver e traz frutos. Mas pergunto-me muitas vezes pelas lesões do coração. Nos colos vazios de netos, nas recém-mães sem rede de apoio, na solidão de muitos, que deixa mossa. 

Temos de dar mais colo uns aos outros, mesmo que de forma virtual. Palavras de esperança. Memórias boas, que havemos de repetir. Disse baixinho a Luísa: "está quase, um dia vais voltar a estar com a vovó". E vai.  


4.17.2020

Afinal sou uma educadora do caraças e não sabia #02

Depois do sucesso da primeira edição (e mesmo que não tenha sido, vamos fingir que sim), vêm aí novas sugestões desta mãe que vos escreve, que já teve melhores dias mas, vá, estes não são tão maus assim. Saudinha da boa, impagável. Vá, punha uma varanda cá em casa, se querem saber. É que já nem digo um terraço, nem um jardim, nem... era só uma varanda, aberta, para não ter de ficar com os caixilhos das janelas a fazerem-me tatuagem nos cotovelos e antebraços em gangrena sempre que quero pôr a cabeça de fora da janela para apanhar uma brisa na cara. Pronto. Já desabafei, está tudo bem, siga.

Então o que tenho aqui para vos sugerir de atividades giríssimas (calma, não são assim tão extraordinárias, mas entre estarem a comer a comida do gato e a empapar rolos de papel higiénico no bidé, mais vale estarem entretidos com outras coisas. Cá estão elas:

1) Contagens com conchinhas
A Luísa queria que fosse a Lisa a agarrar a caixa e cá está ela. A ideia aqui é bastante óbvia: colocar números em cada buraquinho da caixa de ovos e deixar que eles coloquem lá a quantidade indicada de ojectos. Podem fazer com feijões, botões, peças de lego pequeninas. Fizemos com conchinhas - são os nossos tesouros - para aproveitar para conversar sobre as férias e despertar boas memórias.


2) Naves com rolos de papel
Vocês não sei, mas cá em casa uma das frases mais ouvidas é: "limpas o rabo?" Estão SEMPRE a comer e aquilo tem de sair por algum lado, sabem como funciona a mecânica. Por isso, vão ver aqui várias sugestões com rolos, sim?


3) Animais pintados com aguarelas
Foi o David que copiou estes de algum lado da internet, mas elas estiveram entretidas a ajudar e já brincaram muito com estes bonecos. A Isabel quis pintar a borboleta "ao contrário" e, já se sabe, eles podem tudo. :)



4) Experiência "misturas"
Esta foi a Isabel que sugeriu. Apesar de não ter tirado foto, é bastante simples. Têm de ter à mão 4 copos com água e, ao lado, canela, sal, farinha e azeite. Em cada um, deixam-nos deitarem uma pequena quantidade de cada elemento. A ideia é ver se dissolvem ou não, se são homogéneas ou heterogéneas (calma que elas não usam esta terminologia ahah).


5) Brincar aos restaurantes
Isto parece sem interesse do ponto de vista "didático", mas dá sempre para aproveitar para falar sobre a ementa, os ingredientes dos produtos que estão à venda, os preços e depois fazer contas com moedas 


Para além destas actividades manuais, contagens e brincadeiras, vou deixar-vos AQUI uma lista de programas giros para eles verem na televisão e/ou no pc/tablet, desde peças de teatro, circo, desenhos animados e curtas, visitas virtuais a museus. Espero que gostem! <3

4.13.2020

Parem de se comparar com as outras mães!

Não estou a escrever estas palavras com um sorriso no rosto. Não posso deixar de dizer que fiquei triste porque houve pelo menos uma pessoa a dizer que me tinha deixado de seguir porque “estou sempre a fazer atividades com as filhas”. Percebo que a forma como o post da Joana Gama está escrito - apesar de saber que não foi essa a intenção - incentive por um lado, e ainda bem, a descompressão, o desabafo, a partilha mas, por outro, uma especie de shaming contra as “mães do Ruca”. Como se alguém o fosse.

Nunca disse que isto estava a ser fácil para mim. Vivo num T2 muito pequeno (mesmo muito), tenho duas miúdas cheias de energia fechadas, sem uma varanda que seja, sinto que estou sempre a fazer comida (frase que mais ouço é “tenho fome!” a par de “limpas o rabo?”, e faz sentido uma ser consequência da outra), a limpar, a arrumar ou a gritar para pararem de se esfolar vivas. Até há uma semana estava em teletrabalho e foi um mês de loucos. Tinha de trabalhar às vezes até às 3h da manhã para conseguir compensar o que não dava vazão durante o dia. E lá estavam elas a acordar cedo no dia seguinte e tudo se repetia.

No entanto - e esse foi o meu estratagema, não significa que resulte convosco, que possam ou queiram - tirava sempre (ou quase sempre), uma horinha que fosse só para elas de manhã. Mas, notem, não era só por elas. Era por mim também. Por dois motivos essencialmente: se lhes desse atenção, “des”largavam-me mais no resto do dia. E também porque planear coisas para elas fazerem e envolver-me nos projectos delas me salva. É uma forma de me manter ocupada, de ter planos e projectos. Sem grandes expectativas! Às vezes quem acaba as coisas sou eu. Às vezes só fica a Isabel entusiasmada. Às vezes gostaria que não se lembrassem do que lhes prometi fazermos na véspera, porque não me apetece, mas tenho uma polícia cá em casa (Isabel). Lembrámo-nos de jogar sempre um jogo os quatro às refeições (telefone avariado/ listas de animais, etc) e há dias em que só me apetecia comer em silêncio.

Já houve dias em que se tiveram 15 minutos da minha atenção focada foi muito. E está tudo bem. Tenho a certeza de que elas - e os vossos - não se vão lembrar disto nesta quarentena. Vão lembrar-se das partes boas. Eles não nos cobram isso tudo.



Por isso, decidi fazer aqui uma ressalva (como se não bastasse o estado em que mostrei a minha cozinha no outro dia...), para vos dizer que não ando a espetar nas vossas caras as mil atividades que faço com elas (atenção que algumas se fazem em 5 min... mas pronto) porque “sou uma ÓPTIMA MÃE, olhem para mim” mas sim para vos dar ideias simples, caso estejam já sem elas, para entreter os vossos filhos. Deixei também links de séries e de teatros e circos que duram uma hora (para nos libertar também a nós). Não escolham ver o pior dos outros nesta fase. Nem em vocês. Não se sintam frustradas porque não conseguem ter a casa arrumada, fazer a comida XPTO ou pão, ou fazer coisas com os miúdos. Quem disse que quem está nas redes a partilhar está o dia todo naquilo? E, mais importante, está feliz? Não se consegue fazer tudo bem. Muitas vezes prescindo de fazer refeições de jeito, de ter a casa arrumada ou, até, de tomar banho. Pronto, já disse.

Não sou guru, nem psicóloga, nem nada disso, mas tentem também avaliar se estão a fazer as escolhas mais “acertadas” (não falo do banho). Fará sentido continuarem a passar roupa a ferro? Que tal dobrar depois de apanhar e arrumar? Quem vos vai cobrar por isso? Quem vos vai ver? Poupam energia e tempo e cabeça [a não ser que vejam nisso uma terapia]. E fazer mais comida ao almoço a contar já com o jantar? E se eles não tomarem banho todos os dias? Sei lá, vejam de que forma podem tirar esse peso de cima de vocês, e por favor, sem se estarem sempre a comparar com os outros.

Vejo quem ande a treinar todos os dias, a ler livros atrás uns dos outros, outros já acabaram de correr a Netflix, vejo quem se continue a maquilhar todos os dias (por acaso a minha pele está muito melhor desde que não o faço): se eu ficar algum dia com algum sentimento de inferioridade por isto, internem-me (dava jeito já, para ir descansar um bocado delas). Se calhar deviam mesmo, que já gritei mais neste mês e uma semana do que na vida toda delas.

Ninguém é perfeito. Estamos todos a lidar com isto da melhor forma que sabemos. A apalpar terreno. A fazer ajustes todos os dias ou só a tentar sobreviver. Uns a conseguir aproveitar as coisas boas desta porcaria, outros a ver de que forma saem com alguma sanidade. Uns a descobrirem talentos que não sabiam que tinham, outros a pensar como vão conseguir continuar a pagar a escola dos miúdos se deixaram de ter trabalho.

Não, não vamos todos ficar bem, mas que o processo seja o menos penoso e o mais leve possível. Julguemos menos e, sobretudo, paremos de nos comparar tanto. Ninguém estava à espera disto e a espera por que tudo isto passe parece interminável. Cada um lida como melhor pode ou consegue.

Até breve, com mais ou menos sugestões de actividades com os miúdos. Mas seguramente com um copo de vinho ao lado, enquanto vos escrevo.

4.08.2020

Televisão e tablets na quarentena? SIM!

Deixei-vos aqui algumas das actividades que andamos a fazer em casa, mas também não vos minto. Têm tido acesso a bastante televisão e tablets. Há coisas muito giras a acontecerem por essa internet fora que podem intervalar- e bem - os momentos em família e as brincadeiras. Está neste momento a decorrer - hoje e amanhã -  festival KIDS ON organizado pela Grow Up Eventos, com aulas de dança, yoga, música,  cantorias de princesas da Disney, aulas de cozinha para os mais pequenos. Vejam no instagram deles os links para as várias aulas! 


Deixo-vos pelo menos 8 sugestões:

História Natural e Ciência, Coches, Gulbenkian, palácios, mosteiros, Louvre, Museu Salvador Dali... há um mundo de possibilidades para que possamos viajar sem sair do sofá. Explorem.


2) Ver o Grufalão, que está na RTP Play (e a Filha do Grufalão também, vamos ver amanhã)
A Isabel pediu-me para que lhe oferecesse o livro, de que gostava muito e já chegou. Entretanto lembrei-me de que já tinha passado na RTP a história. É sobre um ratinho que ao passear na floresta em busca de nozes, encontra três predadores que desejam comê-lo: uma raposa, uma coruja e uma cobra. Para sobreviver, o corajoso ratinho usa a sua inteligência. Vejam, é muito mágico.


3) Têm pelo menos dois espectáculos que o Cirque Du Soleil disponibilizou no Youtube para ver. As miúdas nunca tinham visto e adoraram tanto que agora pedem mais vezes para ver (e para tentar imitar. Não garanto que não partam a cabeça um dia destes...)


4) O Indiejúnior disponibilizou no site várias curtas de animação. A preferida das miúdas é a Wolf, mas acabei de perceber agora que já há nova para vermos (gostei da indicação +3 e +6 nestas últimas, é útil).


5)  O musical Principezinho, do La Feria, também está aqui


6) O Teatro Nacional D. Maria II lançou o movimento "Dona Maria II em Casa" e tem disponibilizado peças para nós, mas agora também para eles: temos a Alice no País das Maravilhas para ver.


7) Cativar - Teatro para a Infância também já fez, pelo menos, dois directos com teatro de fantoche - dos Três Porquinhos e também da Branca de Neve


8) Além de tudo isto, há muita gente talentosa a contar histórias, como a Sofia da Aqui há Gato (já comprei um livro porque ela contou a história magistralmente - temos lá muitos vídeos ainda por explorar).




Gostaram? Espero que sim! Agora quero as vossas. Ah! Aulas de ballet/ dança/ginástica para os miúdos, assim como yoga, ainda não explorei, mas quero saber tudo.

4.07.2020

Afinal sou uma educadora do caraças e não sabia #01

Primeira achega ao título: é uma graça. É óbvio que não tenho nem formação, nem jeito, nem PACIÊNCIA, nem talento para ser educadora. Já tinha percebido isso há muito tempo. E acho que agora já percebemos todos a importância e o papel determinante das educadoras dos nossos filhos nas nossas vidas, não já? Pronto. Cada macaco no seu galho. Eu prezo muito as educadoras das miúdas, tenho umas saudades enormes delas, acho-as fantásticas (toda a escola e metodologia, aliás - Movimento Escola Moderna, de que já falei aquiaqui e aqui). A Luísa ainda no outro dia se deitou a choramingar porque tinha saudades da Maria João e da Rute. A Isabel vibrou quando viu um vídeo da sua querida Inês a contar uma história e ouviu um áudio com a voz da Nádia. Temos tido acompanhamento via whatsapp com sugestões e propostas de atividades para desenvolvermos em casa, links para programas giros, tudo. 

Estive até este sábado em teletrabalho, pelo que não foi fácil gerir tudo como gostaria. Mas, mesmo assim, conseguimos fazer coisas giras - umas propostas pelas educadoras, outras sugeridas pelos colegas e família e outras que surgiram da nossa imaginação, vi em algum site/FB/pinterest. 

Não vão ver aqui grandes obras de arte, nem nada muito bonitinho (para isso sigam a Violeta Cor de Rosa, que disponibilizou coisas lindas para imprimir), mas pode ser que vos inspire para futuros projectos aí em casa com eles, porque, no meio disto há dias em que já não sabemos o que inventar. 

  • Atenção que às vezes temos de nos dar um desconto - e a eles - e um bocadinho de ócio também faz bem, a todos. Se virem mais TV nestes dias, etc, acho também perfeitamente legítimo (nós tínhamos cortado a TV e os tablets durante a semana cá em casa, lembram-se?). Agora não. Durante a semana vêem bem menos do que ao fim-de-semana, mas, de forma controlada, há espaço para tudo
  • Brincadeira livre é importantíssimo e deixo bastante espaço para isso, mesmo que acabe normalmente tudo à batatada
  • Ajudarem nas tarefas domésticas e nas refeições não só é extremamente útil, como considerado "tempo em família", em que aprendem ao mesmo tempo a cooperar, a ser autónomos e desenvolvem destreza em várias coisas (a Luísa a cortar cogumelos e espargos é uma maravilha de se ver e ainda não ficou sem dedos. Ainda.)
Posto isto, vamos então à primeira listinha de coisas que temos feito cá em casa e que facilmente conseguirão reproduzir aí.

1) Teatro de Sombras
Fizemos inspirado neste aqui. Precisam de uma caixa de cartão, papel vegetal, cola. Pauzinhos (usámos do mikado, ups!) e figuras que podem desenhar e recortar ou imprimir da internet. Giro e dá para fazerem sempre novas personagens, treinar o improviso, brincar, além de que o ambiente é muito giro, mais escuro, elas adoraram.



2) Caixa para lápis/canetas feita de embalagem de leite
Vocês cortam, eles colam um papel pintado e decoram como quiserem (aqui sempre tentámos desmistificar os monstros). Além de aprendem a reutilizar uma embalagem, vêem todos os dias algo feito por eles. É bom para a auto-estima deles, digo eu.


3) Família e amigos feitos em rolos de papel higiénico
Fizemos para o Dia do Pai e elas adoraram. Com desenhos e recortes de revistas e fotografias que tenham ou imprimam, fica engraçado, elas podem brincar com eles e matar saudades dos avós, tios, etc

4) Gelados
Já fizemos só de fruta, saudáveis, mas também um menos saudável, com natas ao barulho e morangos, mas é algo de que elas gostam muito e sempre dá para matar aquele "bichinho" de quando nos pedem coisas doces. Participam no processo, cortam os morangos, etc, etc.


5) Experiência flutua/não flutua
Esta foi a Isabel que pediu. Já tinha feito na escola e queria repetir para mostrar à Luísa. É simples: basta agarrarem em pequenos objectos aí de casa, verem se flutuam ou não (se são mais pesados ou mais leves) e registarem numa folha


6) Relógio de papel
Só precisam de dois pratos de papel, cartolina para fazerem os dois ponteiros e uma forma engenhoca de os prender aos pratos. Desenhar as horas na folha de cima e desenhar os minutos na folha de baixo.



Tenho mais coisas para vos mostrar, mas também não vou gastar já os cartuchos todos, não é?

Querem também ideias de filmes/ peças de teatro / livros / sites giros para eles?