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12.31.2017

Não preciso que 2018 seja melhor do que 2017






2017. O homem que escolhi para ter ao meu lado e que me faz feliz todos os dias, menos quando põe umas cuecas vermelhas novas numa máquina com roupa branca e escura. O homem que tem pai escrito em cada poro, que prepara frango com batata doce no forno, com a ajuda das duas, antes de eu chegar a casa. O homem que sabe - e sente - que ter uma família é bem mais que pôr pão na mesa. O homem que não avança na série que estamos a ver caso eu adormeça no colo dele, no sofá, e vai antes ver aquelas porcarias com superheróis ou vampiros que eu dispenso. O homem que é um óptimo profissional e tem paixão pelo que faz, mas que nos põe sempre em primeiro lugar. Temos planos para 2018 que passam por passarmos um fim-de-semana juntos algures, mas o que desejamos mesmo, mesmo, é estar lá para elas sempre que precisarem. E um para o outro, na rotina dos dias. Que em 2018 eu possa continuar a aquecer os meus pés frios nos teus sempre a escaldar, meu amor.



2017. Estas duas. A primeira coisa que fazem de manhã é correrem uma para a outra para se abraçarem. E é a esta imagem que recorro quando querem arrancar os olhinhos uma à outra por qualquer boneco ou porcaria que a outra tenha na mão. Faz parte. E este foi o ano em que a Luísa ganhou voz e quereres e em que a Isabel ganhou uma verdadeira amiga e alguém a quem dar a mão nas viagens de carro ou a quem dar uns tabefes. A Luísa diz que se chama "mana" e isso diz muito sobre a relação delas. Cada uma é uma-com-a-outra. Que se tenham a vida toda com toda a paixão com que se tiveram este ano.





Princesas skaters - roupa Boboli, ténis Vans


2017. A viagem a Barcelona a quatro, as férias com o avô no Algarve, em Azeitão com amigos, as semanas em Santarém, os fins de semana em Évora, os passeios por Lisboa, a vez em que fiz 10 kms e em que me superei, o ano em que descobri que gosto de comer bem e que consigo controlar-me e comer conscientemente e que fazer desporto é bom e faz falta (obrigada, Scape), a minha mãe a dar-nos colo, o blogue a ultrapassar todas as expectativas, com o reconhecimento da Forbes e da Pumpkin, onde fomos eleitas pelos leitores, melhor blogue de família, os dias compridos e saborosos, os amigos a fazer kms para  um abraço, cansaço e as dúvidas, um quase projecto de fotografia, a mudança para Lisboa, o trabalho novo, a palavra recomeço vivida com todo o entusiasmo, sempre com a estabilidade de saber que o coração está em todos os passos e que o mais importante está lá: amor. 

Não peço que 2018 seja melhor que 2017. Pode ter os mesmos ingredientes: a mesma esperança, os mesmos sonhos, a mesma garra e vontade de ser melhor e muita saúde. 

Feliz 2018 a todos! E muito obrigada por este ano fantástico por aqui (é maravilhoso receber o vosso amor e saber que estamos acompanhadas nesta viagem alucinante que é a maternidade!). 




O meu instagram e o d'a Mãe é que sabe :

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12.29.2017

Quando os nossos filhos são os últimos a sair da escola

Custa e nunca vai passar a custar menos. É este o meu grande dilema e acredito que o de alguns pais: chegar tarde à escola dos filhos. Não me lembro de me acontecer, quando era miúda. Já o David diz que se lembra bem e que é algo que nunca se esquece, uma sensação de "tu queres ver que hoje se esqueceram de mim". No outro dia, uma colega de trabalho contava que chegou duas vezes seguidas já em cima da hora a que o colégio fecha e que a filha lhe respondeu ao pedido de desculpas com um "não faz mal mamã, fico contente porque vieste." Que amor! (Mas que triste também).

Eu, por acaso, achava que as minhas filhas ainda não tinham este entendimento da coisa. Mas ontem, quando cheguei mesmo no limite, a Isabel já tinha perguntado à funcionária se iam lá ficar. E comentou comigo, no outro dia, que agora as vamos buscar já de noite. Há aqui percepção de que algo mudou (e é verdade que a mudança da hora também não joga a favor dos pais que trabalham).

Tento não me deixar dominar pela angústia de saber que elas passam bastante tempo na escola -  até porque as vejo muito felizes e bem tratadas quando chego. Felizmente, temos conseguido revezar-nos a ir buscá-las e há dias em que vão (mais) cedo para casa. Mas tenho pena... Tenho pena que já não tenhamos, nesta geração, neste século, uma rede de apoio como havia há alguns anos. Tinha amigos cujos avós os iam buscar à escola e que ficavam com eles até que os pais chegassem do trabalho. Os avós agora ainda trabalham ou então vivem longe das grandes cidades, para onde os filhos foram estudar e/ou trabalhar. É a nossa realidade. No meio disto tudo, é tentar encontrar o maior equilíbrio possível e aproveitar melhor todos os momentos em que estamos juntos (não sei vocês, mas quase todas as nossas refeições ficam feitas de véspera ou no fim-de-semana para não nos roubar esse tempo durante a semana - ou então são coisas super básicas).

Tem corrido bem. No entanto, continua a haver dias em que as minhas filhas são das últimas a sair da escola.




Ontem fartei-me de chorar  foi um dos textos mais emocionantes que escrevi sobre este tema.



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12.26.2017

As 10 melhores coisas deste Natal

Já lá vai mais um Natal. Em menos de nada estaremos no dilema fato de banho ou trikini? (ou bikini-e-que-se-lixe-não-gostam-metam-na-borda-do-prato - somos todas muito despachadas mas depois é ver-nos a fazer detoxs cheios de espinafres e a beber água com limão a ver se a coisa vai ao sítio em 3 dias). 
Os dias agora já vão começar a ficar cada vez maiores e isso só pode ser bom. Eu cá gosto de ver as coisas pelo lado positivo, mesmo que haja dias em que me apetece falecer um pouco por estar cheia de sono. 

Mas vamos lá falar deste Natal. Quero saber. O Pai Natal foi generoso ou davam-lhe com uma panela em axo inoxidável na tromba? 

O meu foi querido (enganou-se só numa prendinha, que já vai ser resolvida esta semana - viva aos talões de troca! Eheh brincadeirinha). 

Eis as 10 coisas de que mais gostei neste Natal: 

  1. Trouxe-me a Marisa no avião de dia 25. A Marisa é a minha irmã emprestada. A aluna da minha mãe de filosofia que há muiiiiitos anos ficou amiga da família e nunca mais a largámos. Já viveu em Londres, esteve uns 12 anos no Dubai e agora está nos EUA. Hoje passou cá a tarde e foi lindo de ver a Luísa a chamar-lhe tia, tia, tia. As saudades que eu já tinha. ❤️


  2. Ninguém ficou doente ao ponto de termos passado dias ou temporadas no Hospital. Desde que estivemos uma semana com a Isabel internada com pneumonia nesta altura que eu valorizo imenso ninguém estar a arder de febre neste dia. O David esteve quase quase a morrer (e já sabem como são os homens com uma dor de garganta...) mas lá sobreviveu e a Isabel estava chochinha na tarde de 24 mas felizmente arrebitou e passou-lhe ao lado.
  3. Sobrou arroz doce. É o meu doce preferido (tem de ser o da minha avó! Fico sempre desiludida quando peço num restaurante, esqueçam, tem de ser o da dona Rosel) e consegui trazer num tapperware e agora aqueço sempre um bocadinho no microondas antes de me alambazar). Ah e o meu almoço hoje foi bacalhau com mangusto. Ainda melhor do que a 24.
  4. Imensas pessoas me disseram que eu estava mais magra. Vocês sabem o quão bem sabe ouvir isso, não sabem? (Pronto eu sei que algumas de vós têm a luta contrária, não se zanguem comigo).
  5. A noite de 24 foi maravilhosa. A avó Rosel estava divertida (há anos em que calha estar assim mais para o  dramático), as miúdas estiveram sempre bem-dispostas, a Luísa foi a coqueluche da noite, a dançar e a jogar à bola, deu espectáculo. A Isabel aproveitou para jogar e carimbar com o tio Frederico (prenda nova da tia Dulce) e foi tudo muito, muito bom. Foram dormir às 23h30, esticámos a corda mas não faz mal. :)
  6. O dia de 25 foi a correria habitual mas sobrevivemos! Vocês não sei, mas nós vamos a duas casas diferentes dia 25, em sítios diferentes e é sempre uma loucura, mas corre sempre bem (e as miúdas adoram o forrobodó com os primos). E sabe bem chegar a casa e esparramar-me no sofá, ignorando os sacos e as malas por arrumar.
  7. O Pai Natal foi generoso: deixou-lhes na rua dois presentes - um violino e um microfone (com pedais para a ovação e para um rufar de tambores e ainda umas luzes) da Imaginarium. Comeu metade de uma bolacha e bebeu o leite quase todo. Nós, pai e mãe, ainda não oferecemos nada, tal é a pilha que, felizmente, recebem de toda a família, a 24 e a 25 (a minha surpresa para elas foi terem a parede do quarto cheia de bolinhas coloridas (autocolantes da Marydoll) quando chegassem a casa. Ah! E a Luísa aprendeu a dizer "obrigada!". Mesmo a calhar.
  8. A empresa deu-me(nos) o dia 26. Como a vida faz sempre questão de equilibrar as coisas, deu-me um dia 26 com o som do berbequim e de brocas e de pancadaria em paredes e em canos (a estas horas ainda os ouço) e, para ajudar à festa, sem água em casa, louça a acumular, roupa a feder e cabelos oleosos por lavar. Tudo certo. Parte boa: ter a Luísa a fazer a sesta no meu colo.
  9. A Isabel emancipou-se, fez as malas e saiu de casa. Credo. A verdade é que, pela primeira vez, a Isabel pediu para ir dormir a casa de alguém. Ontem, virou-se para nós e disse-nos, com a maior alegria do mundo, que queria ir dormir com as primas. "Queres, a sério? Boa! Claro que sim! Dá cá mais cinco!" mas por dentro algo que se desfez em mil pedaços porque estava a sair debaixo da minha asa e eu não me tinha preparado para ficar sem ela nessa noite. Dormiu bem, esteve bem e já voltou ao ninho.
  10. Não faço ideia mas se o título diz que são 10 convém não serem 9. Ah! Já sei. Dei tudo neste Natal, com um macacão giro mas giro da 2 tons dourado. Como não estávamos a planear nada muito chique para a passagem de ano, resolvi fazer concorrência à estrela. Ainda fiz uns jeitinhos no cabelo e maquilhei-me, que estava vaidosa. 

Não tirei fotos com toda a família e agora tenho pena! Mas foram dias maravilhosos, temos muita sorte! ❤️









Macacão - 2 Tons  - confortável e não amarrota!
Fio (Flying Seeds) - Luísa Rosas (reverte a 100% para a Corações com Coroa)



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(Tenho stories giros no Natal, vão lá ver)
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12.22.2017

Dois presentes de última hora para alguém especial (sem sair de casa)

Ontem, depois de muito pensar no que iria oferecer a uma pessoa que eu cá sei (não vou revelar, não vá ela ver este post) e sem vontadinha nenhuma de estar mais horas no próximo sábado num centro comercial à procura de algo... lembrei-me: a maquilhadora Rita (Kabuki) tem uns vouchers muito fixes de workshop de auto-maquilhagem ao domicílio! Óptima prenda e acho que a x vai gostar muito e a achar super útil (ainda por cima a Rita é óptima). Faço transferência, recebo por email o voucher, tudo super rápido, vou imprimir e colocar numa caixinha pequenina e voi là. Fica a dica, falem com a Rita para saber preços, já que há opção de ser para várias pessoas ao mesmo tempo [juntar amigas, mãe e filha, etc, e as condições sofrem alterações. 
(Atenção que só é válido para a zona de Lisboa).


Rita Amorim Kabuki


Outra sugestão para uma irmã, irmão e namorada, com ou sem filhos, uma cunhada grávida, para oferecer aos pais/avós: um voucher para sessão fotográfica com a Joana do The Love Project. Sou suspeita, estou a puxar a brasa à (nossa) sardinha, a Joana é nossa amiga, mas também não vos recomendava se não fosse um trabalho bonito, bem feito e em conta, com muito profissionalismo e com um lindo resultado final. 



The Love Project Fotografia

 
Se ainda tiverem um tempinho, podem ler estes textos:



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12.21.2017

As melhores horas do meu dia

Sem dúvida que as melhores horas do meu dia são quando estamos as três ou os quatro no namoro sem pensar em mais nada. Não consigo ter essa calma de manhã. Há pequeno-almoço para engolir e um mundo lá fora para atravessar (haverá trânsito? Vou chegar tarde?) que não me permite desfrutar nada com calma. Tenho a cabeça a pensar em tudo o que tenho para fazer. À tarde/noite é quando a minha atenção é delas. A sopa está sempre feita para não nos roubar mais tempo e quero ver se me organizo para ir tendo refeições congeladas para não ser tudo à três pancadas. A casa e a cozinha são arrumadas depois delas estarem a dormir (e, e... que as vezes adormeço logo com elas, e, caso o David não esteja em casa, fica tudo para a manhã seguinte). Tento não ficar angustiada por me parecer pouco tempo, respiro fundo e tento tirar proveito de cada momento: banhos, história e até de as adormecer.
É a melhor parte do meu dia.
E a vossa, qual é?



Coisinhas de que possam ter gostado:
Roupa das miúdas - Chicco 
Ténis - Vans 


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12.20.2017

Não quero filhas-museu

Sabem aquela expressão "casa museu"? Pois bem, eu nem casa nem filhas. A minha casa é para ser vivida. Não tenho móveis com bibelots de valor, nem espero que elas não mexam nas coisas, nem espero ter tudo sempre arrumado e limpo e pronto a receber o rei da Prússia.  [nem por isso deixo de lhes incutir o respeito pelas coisas dos outros - nunca partiram nada em casa de ninguém {ainda}]

Também não espero que as minhas filhas estejam sempre quietas, penteadas, sorridentes e prontas a ser fotografadas pelo fotógrafo oficial da família real. É o que calhar. Gosto de sentir nelas a alegria espontânea de ser criança, de não terem grandes espartilhos nem viverem cheias de regras e exigências. Não quero filhas-museu. Quero filhas-coração, filhas-fogo, filhas-emoção. Mesmo que às vezes deseje secretamente que "se portem bem", isto é, que não dêem muito trabalho. Mesmo que às vezes deseje que elas sejam como um tapete ou uma moldura. Mas, no fim do dia, vou lembrar-me mais da gracinha, do grito histérico, da gralha no carro que não parava de falar em cocó, da euforia, do que propriamente do quão direitinhas se sentaram à mesa ou se pintaram dentro das linhas.
Vão com tudo, minhas filhas. Sejam felizes. 


Coisinhas de que possam ter gostado:

Casacos (estes) e calças - Chicco


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12.19.2017

Deixem-se de merdas

Deixem-se de merdas.
Um dia olham para fotografias de avós que já não estão, de tios que partiram cedo demais e percebem que esta vida é fugaz demais para perdermos tempo chateadas com o que não tem importância.

Deixem-se de merdas.
Não queiram (só) ter, parecer, desembrulhar. Queiram conversar, abraçar, sentir, cantar, dançar, viver e SER.

Deixem-se de merdas.
Não vejam o copo meio vazio em tudo, percebam antes que ele já esteve vazio e que agora já vai a meio. Nada ganhamos em lamentar, ganhamos tudo em confiar.

Deixem-se de merdas.
Rebaixar os outros para tentar sair por cima não nos põe lá em cima, não nos tira do mesmíssimo sítio. Já incentivar, dar a mão, fazer o bem, dá-nos retorno. Um dia, mais tarde ou mais cedo.

Deixem-se de merdas. 
Não gastem o que não têm, umas meias quentinhas podem ser uma óptima prenda e vivam esta quadra a apreciar as luzinhas, mas principalmente as luzes interiores de cada um (trocadilho mai lindo).


Deixem-se de merdas e tenham um Feliz Natal.



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12.17.2017

3 coisas que me enojaram esta semana.

Sim, sim. Que me causaram asco, repugnância, que me envergonharam. Vergonha alheia.

1) Raríssimas 
Senhora dona Paula (Brito e Costa, que a senhora tem dois nomes), herdeiro da parada e família Lda, secretário de estado da Saúde, gambas e vestidos de luxo. Deu-me para rir, deu-me para me indignar, mas deu-me principalmente para ficar extremamente envergonhada, principalmente com os vídeos (de skype?) divulgados .- que, noutro contexto me pareceriam devassa da vida da senhora, mas que aqui ajudam a construir e a traçar a personagem que ela é. E aquela história das funcionárias se terem de levantar à passagem dela, lembrei-me agora, hein? Tudo bom demais, de rir para não chorar. Porque o triste episódio que motivou a Raríssimas, até aqui vista de uma forma tão benemérita, ter conduzido até esta telenovela degradante é de um  A minha tristeza vai para o facto de recear que muita gente deixe de ajudar causas e associações por achar que são todas farinha do mesmo saco.

2) Carrilho absolvido
Estou muito longe de conhecer o caso a fundo, de proximidade com a Bárbara apenas as entrevistas profissionais que lhe fiz (e o comprovar de uma simpatia imensa), apenas li o que o Carrilho disse nas inúmeras entrevistas nojentas que deu, mas tudo isto me cheira a esturro desde o início. E as novas citações da juíza fazem-me tremer a pálpebra do olho direito de nervos. Ora então a juíza Joana Ferrer não acha plausível que a Bárbara tenha sido vítima de violência doméstica porque não se entende como é que uma mulher destemida, determinada e auto-suficiente não foi ao Instituto de Medicina Legal na altura das alegadas violências. E não entende como é que a Bárbara deu, durante esse tempo, entrevistas em que parecia estar feliz. Isto é entender ZERO de violência doméstica, da vergonha e do medo que causa na vítima, e custa-me imenso que, no século XXI, ainda se use argumentação tão cheia de estereótipos e preconceitos. E, pelos vistos, há uma tendência preocupante, pelo estudo de uma investigadora: os tribunais têm dificuldade em ver mulheres com personalidade forte e independência financeira como vítimas (artigo interessantíssimo aqui: Quem não parece vítima tem menos hipóteses de ser considerada uma). Esta humilhação toda, este descrédito nas entidades e a falta de força que estas decisões podem significar para quem esteja a passar por algo semelhante (e a força que dá a agressores) deixa-me angustiada e revoltada. 

3) IURD
Adopção ilegal, pastores milionários, as vasectomias impostas aos bispos, os falsos seropositivos... Ainda não consegui ver todos os episódios até aqui emitidos (estou no 5º), mas já percebi que entretanto dois dos irmãos já vieram falar no canal do youtube da Igreja Universal do Reino De Deus (o outro morreu de overdose, mas eles dizem que foi de ataque de coração) a dar conta da legalidade com que tudo aconteceu (coitados). Ainda bem que o Ministério Público está a investigar o caso mas já vai tarde. Vi tudo aquilo com o coração nas mãos, a ser verdade muito do que ali se conta. Nojeira mesmo. 


Bem, resta-me olhar para as luzinhas de Natal e para os sorrisos das minhas filhas para tentar encontrar alguma inocência e candura nisto tudo. Semana louca para o meu estômago. Revolveram-se-me as entranhas. 


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Faltava-me isto para ser feliz.

Sou um desapontamento para algumas de vocês. Contei-vos aquela história linda de deixar o trabalho, Lisboa, a nossa casa e de termos ido para o campo, por amor às minhas filhas e por mim. Ouviram o chilrear dos passarinhos, viram as lambidelas dos cães todos os dias, cheiraram as flores e as árvores através de mim. Viram-me respirar fundo. E, acima de tudo, viram-me aproveitar bem as minhas miúdas. Estive um ano e três meses a cheirar o cabelo da Luísa, vi-a fazer tudo pela primeira vez, estive atenta a todos os pormenores, amamentei-a sempre que quis, dormi sestas com ela. Fui levar e buscar a Isabel à escola em horário mais reduzido, durante um ano e meio. Aproveitámos bem as manhãs, tomámos o pequeno-almoço juntas, fomos ao parque depois da escola. Pude ficar com elas em casa dias e dias quando estiveram doentes e mais precisaram de mim: não tiveram de ir ainda meias combalidas para a creche, das poucas vezes que aconteceu, felizmente, ficaram em casa até estarem a 100%. Pude fazer Baby Led Weaning com a Luísa, vê-la explorar e provar cada alimento novo com calma e paciência. Pude ir a todas as consultas sem ter de pensar a que dia calhavam e se me iria prejudicar no trabalho. Pude... tanta coisa. Tudo isto não me teria sido possível se tivesse cá ficado, se tivesse continuado a trabalhar. Foi, volto a dizer, a melhor opção para mim, para elas, para todos, enquanto família. Houve esforços de parte a parte. O David, que fazia centenas de kms para o trabalho e que chegava roto a casa. Eu, que tinha dias em que me apetecia ter uma pausa na vida de casa e de mãe. A família, toda, que ajudava sempre que era necessário: avó, tia, mãe. Foi também por isso que procurei aquele lar e aquela família, para ter a rede que me faltava em Lisboa. Tudo isto foi importante para aquele primeiro ano e meio da Luísa.
Até que... chegou uma altura em que precisei de ter novos desafios na minha vida. E em que, pesando tudo na balança, percebemos que me/nos estava a fazer falta ter um trabalho fixo e estável, seja lá isso o que for. Ainda ponderámos ficar a viver em Santarém, mas com dois adultos a trabalhar em Lisboa e ficando dependentes da minha mãe para tudo (vai levar, vai buscar), não seria viável, por inúmeras razões. Fez-se luz: voltamos todos a Lisboa. O que mais importa é estarmos os 4 juntos, a pouca distância uns dos outros, a partilhar a cama de manhã, o pequeno-almoço e o jantar, os banhos, as histórias e os mimos. Era isto que, nesta fase, nos parecia fazer mais sentido.

E faz. Faltava-me isto para ser feliz nesta fase. Estar a trabalhar, estar com adultos, aprender coisas novas, desafiar-me, dizer uns disparates a meio do dia, sair para almoçar e conversar com pessoas, ter vontade de me arranjar. Estar perto dos meus amigos, poder ir a uma jantarada sem ter quilómetros por fazer depois. Estar perto do David, jantarmos os quatro juntos quase todos os dias.

Claro que se perde algumas coisas. Claro que sim. Claro que me enervo se apanho trânsito. Claro que nem sempre estou fresquinha no trabalho depois de ter acordado 5 vezes numa noite. Claro que as miúdas passam menos tempo comigo. Mas em compensação passam mais com o pai, que foi pela primeira vez na vida da Luísa, sozinho com ela a uma vacina, por exemplo. Isto também é bom. Isto também é importante. Há um contrabalanço para tudo.

E, a ajudar a isto, encontrei uma escola para elas que me enche completamente as medidas. Este projecto educativo (MEM) faz-me muito sentido, o facto de encararem cada miúdo em toda a sua individualidade, o ambiente, a filosofia, adoro o facto de saberem o meu nome e de entenderem a família como parte integrante do projecto, o facto de poder entrar na cozinha e tirar um copo de água, o facto de terem ioga, o facto de numa semana terem ido ao CCB, ao Pavilhão do Conhecimento...,  bem... não saía daqui. No início do ano, quando fizer um mês, falar-vos-ei melhor da forma como foi feita a adaptação delas à escola.

E é isto. Faltava-me isto, nesta altura, para ser feliz. Não sei se isto me fará sempre feliz (haverá isso por aí?), mas para já há que aproveitar bem a mudança e os bons ares que nos trouxe. E a calma que me trouxe, mesmo com a agitação do vai pôr e do vai buscar, as novidades constantes no trabalho. Estou mais calma, já mo disseram. Pois estou. E mais feliz.

{e as miúdas estão bem}




Coisinhas de que possam ter gostado:

Camisola - Modalfa
Calças - Zara
Botas - Zilian 


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12.12.2017

5 coisas que eu não gosto no Natal

Adoro o Natal. Sou pessoa para ir no carro feliz da vida a ouvir as músicas batidíssimas. Sou pessoa para só desfazer a árvore lá para 20 e tal de Janeiro, cheia de pena. Sou pessoa para adorar distribuir os presentes à meia noite, depois de já estar tudo refastelado de tanta comidinha. Mas é uma época agridoce, por razões parvas mas por outras um bocadinho mais sérias. Eis as coisas que não gosto muito no Natal:

- Não gosto de já não acreditar no Pai Natal. Metade da magia foi-se no dia em que descobri, ora bolas. No entanto, consegui recuperá-la no dia em que deixei migalhas de bolacha e leite para que a Isabel pensasse que tinha sido o Pai Natal, à sua passagem lá por casa. Impagável aquela expressão nos olhos.

- Não gosto da falta que as pessoas que já se foram nos fazem, principalmente do meu tio Jorge, que partiu cedo demais, há quatro anos, e que animava a sala inteira com aquele vozeirão e aquelas gestos de maestro.

- Não gosto de andar a saltar de capelinha em capelinha, entra e sai do carro, viagens grandes no dia de Natal, mas para nós é importante estar perto de todos os que nos são próximos, por isso, faz parte, o resto compensa.

- Não gosto da fruta cristalizada grande por cima do Bolo Rei (blecc) nem de ficar a pesar mais 3-5 kgs depois das festividades (quem manda ser gulosa, gulosa, gulosa?).

- Não gosto do consumismo desenfreado nesta altura do ano, não gosto, não gosto. Acho um exagero e que cada vez mais faz sentido oferecer-se presentes só às crianças (e com moderação!) e, dando aos adultos, só à família mais nuclear. Já o faço há uns anos, continuarei a fazê-lo.










Decorações de Natal - Momentos Com Design

Fotografias - The Love Project


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Já é Natal cá em casa!

Luzinhas, árvore na parede, casinhas de cartão, coroas, suportes para velas, vinil no vidro da sala, uma mini-árvore em cartão, um calendário do advento e palavras com aquilo que mais importa nesta época. Dito assim, parece muita coisa, mas acho que as nossas decorações de Natal estão tal e qual o que eu queria: simples, minimalistas, especiais. Desafiei a querida (é mesmo querida!) Filipa da Momentos Com Design a deixar a nossa casa mais bonita e ficou tudo ainda melhor do que eu tinha imaginado. Está acolhedor, mágico. Nesse mesmo dia tive cá amigos a jantar e queriam levar tudo para casa deles. É que nem pensar. Podem encomendar alguns destes elementos na página do Facebook da Filipa e contratá-la para decoração de festas, de eventos: ficam tão bem entregues, palavra!

Para retratar este ambiente, claro que não podia cá faltar a Joana Bandeira do The Love Project, que vai acompanhando o crescimento destas garotas e registando os momentos mais importantes das nossas vidas. Uma excelente prenda de Natal é um voucher com uma sessão The Love Project para oferecer! Fica a sugestão.


Preparados para 30 fotografias, no mínimo, com espírito de Natal? Ho-ho-ho!

Os vestidos deste Natal são da Kolor Kids
  Laços Lemon Hair Lovers

















Só para avisar que eu "estraguei" esta árvore de natal na parede fantástica, pondo-lhe uma gambiarra preta, ok? Mas à noite fica bonito!










Olhem só os fofos.










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