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11.09.2016

Isto de se ter dois filhos

Há dias difíceis. Duros. Intermináveis. 
Mas terminam. E, quase sempre, com um quentinho no peito. 
Mesmo que as lágrimas de cansaço teimem em cair.
Mesmo que achemos que podíamos ter feito mais, estado mais, sido mais.
Os dias são um comboio em alta velocidade que às vezes descarrila. Basta uma peça sair do lugar. Uma preguiça a falar mais alto. Um trabalho constantemente interrompido pela mais nova, sedenta de atenção. Não ter o jantar feito com antecedência. Uma sesta que não aconteceu na escola. Não ter o pijama que ela queria lavado. O bebé dela ter ficado no carro do pai, que vem mais tarde. 
As birras são o mais difícil de suportar. Ainda não sei lidar bem com elas. Afligem-me. Menos agora, mas ainda fazem mossa. As no carro já não. Já conto com elas, já sei que há ali uns dois, três minutos de choro, de descompressão. Depois passa. Agora todas as outras, mais imprevisíveis, ainda me desgastam. Mas acabam quase sempre a bem, com abraços, com beijos, com conversas enormes na cama, depois da história. Tudo se resolve. 
E depois há coisas que me comovem. A relação delas que, em cinco meses, já significa tanto.
A Luísa muda de expressão quando a vê e todo o corpo se movimenta, qual explosão de foguetes e fogo de artifício demorado.
A Isabel já sabe que é para sempre. Mas mais do que o carinho, os beijos e as festinhas, o que me emociona verdadeiramente é a preocupação com a Luísa. Não a pode ver chorar.
Ontem, foi para o pé dela, que estava de barriga para baixo no tapete, conversar e acalmá-la: "Luísa, a mana está aqui. Não chora. A mana está ali a desenhar, mas já vem." Assim que se afastava, a Luísa choramingava. A Isabel voltou, decidida a fazê-la rir. "Salta, salta, salta!". Descobriu que esta palavra, repetida três vezes, fá-la dar gargalhadas. E deu.
Se há coisa mais deliciosa do que esta ligação, do que esta preocupação com dois anos e meio, não conheço!
É nestes momentos que confirmo que está tudo bem. Que estou a fazer algo bem. Que foi no tempo certo. Que tudo faz sentido.
Por isso, se me perguntarem, respondo. Isto de ter duas filhas com idades próximas foi a melhor coisa que me aconteceu. Foi a nossa melhor decisão. Mesmo que haja momentos caóticos, eu só tenho de respirar fundo e lembrar-me da maravilha que são aquelas conversas entre dois seres tão pequeninos, mas já com tanto amor dentro deles.





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8.05.2016

A Luísa é parecida com quem afinal?

Estamos naquela fase em que todos tentam dar palpites: cara do pai, cara da mãe, muito parecida com a mana, nada a ver com a mana, igual ao primo do tetravô.

Eu não faço a mínima ideia. Já a achei parecida com o David (queixo e boquinha igual, assim como as entradas e o remoinho), já a achei muito parecida com o meu irmão quando ele era bebé (estão a ver, não estão? eheh), tem coisas da irmã, mas não a consigo achar uma cópia. Meu? O nariz de batatinha.
















Tirei-lhes estas fotografias quando estávamos de férias nas Casas de Campo Vila Marim, no Douro. Até o parque dos baloiços tem uma vista linda, em Mesão Frio. Modéstia à parte, ficaram bem giras. Vá, não é mérito da fotógrafa, a lente da máquina é boa. ;)

O que acham, são parecidas?



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Ciumeira a dar tréguas!

Sinto-a mais calma. A calma da Isabel é inversamente proporcional à correria do dia a dia e ao nosso stress. Parece-me um raciocínio um bocado óbvio e não sei por que é que não nos lembramos disto mais vezes. 

Quando temos mais tempo para eles, quando lhes damos mais tempo até para se calçarem sozinhos, para comerem sozinhos e sujarem tudo, quando dedicamos tempo a ouvi-los e os despachamos menos para os tablets, estamos a dizer-lhes que eles conseguem, estamos a dar-lhes mais segurança.

Acho que já percebeu que a Luísa faz parte das nossas vidas e que precisa muito da mamã. Parece-me mais conformada e as conversas que vamos tendo parecem ter ajudado. Os ciúmes estão a dar tréguas. Não acredito que desapareçam nunca, e é normal que assim seja, mas está a começar a lidar melhor com tudo. Acho que também foi importante não nos termos tornado agressivos (mesmo que algumas birras e "chapadinhas de amor" na mana às vezes estivessem mesmo, mesmo a pedi-las, que ninguém é de ferro...), mas também não nos termos tornado sido demasiado permissivos e "nhonhós", para compensar. Andámos um bocado às avessas, mas acho que encontrámos um meio termo "saudável". Principalmente agora nas férias, com a Luísa mais calma, consigo encontrar mais tempo para a Isabel e para as nossas patetices. Brincamos muito, fazemos muitas bombas e damos mergulhos, damos muitos abraços e beijos. Dormimos juntas. Que estes momentos se prolonguem pelos dias, pelos meses, pelos anos fora.







Descubra as bóias salva-vidas nesta imagem. :):):)


Podem ver as outras fotografias nas Casas de Campo Vila Marim neste post: Diário das férias - o início. E neste: Diário das férias - #lovedouro.


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8.03.2016

Irmãs mais fofas

A Isabel pede, todos os dias, para pegar na mana ao colo. Quer estar por perto, beijá-la, abraçá-la, falar com ela. Mostra-lhe coisas, faz-lhe perguntas, quer que agarre nos bonecos para brincar. Já lhe consegue arrancar sorrisos. Só não gosta muito que a Luísa durma tanto e adora ir dar-lhe festinhas e abraços quando o anjinho está calminho... Mas depois não gosta nada de a ouvir chorar. Fica preocupada e avisa-nos que a bebé tem "doidoi na barriga" ou "precisa de maminha". "Papa e arroz não, não tem dentes."
Coisas boas da mãe. ❤️









Estamos de férias nas Casas de Campo Vila Marim.


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7.19.2016

Respirar fundo, todos os dias.

Não tem sido fácil gerir duas bebés, já tinha desabafado aqui e aqui. No fundo, este blogue acaba por ser o meu psicólogo e ouvir as vossas histórias faz com que não me sinta tão desamparada. Aquela coisa do "o que não nos mata, torna-nos mais fortes" deve ser mesmo verdade, mas até nos sentirmos mais fortes, vai-nos saindo do couro. Acho que se soubesse meditar e se conseguisse ver tudo de fora, custaria menos, mas infelizmente não tenho (ainda) esse poder. Ainda só consegui fazê-lo uma vez. 

No outro dia, ao final do dia (chamo-lhe a "hora do fim do mundo"), era este o cenário: Luísa a chorar baba e ranho, agitada, e eu a tentar dar-lhe mama em pé e Isabel a jantar numa mesinha da sala, com a bisavó Rosel a ajudar, a levantar-se a cada minuto e a andar debaixo das minhas saias, dizendo "bebé não, mana não". Como me prendeu uma das pernas, tentei sacudi-la para que não caíssemos, ela desequilibrou-se e, com um pé, derrubou o prato da comida. Arroz, carne, cenoura aos bocadinhos espalhados pelo tapete, Isabel num pranto que só visto, a apanhar cada bago de arroz e a comer, eu a dizer-lhe que havia mais comida na cozinha, a pedir-lhe que parasse de chorar, a Luísa a chorar e eu, curiosamente, em vez de chorar, desatei a rir-me. E nem sequer era de nervoso, achei mesmo piada à situação. Só tive pena que não estivesse a ser filmado. Disse logo: "a avó é minha testemunha!" Nesse dia, a Luísa ainda não tinha feito nenhuma sesta de jeito, andou a chorar todo o santo dia e a Isabel tinha acordado com os pés de fora. Nessa noite, contrariamente à boa disposição com que encarei aquele episódio, chorei muito. Depois de as ter adormecido, nem jantei, fui para a cama desabar um bocadinho. No outro dia, acordei bem-disposta, valha-nos isso e a partir daí, tenho tentado fazer esse exercício: respirar fundo, todos os dias. Tentar ver tudo de fora. Perspectivar, relativizar, acreditar que melhores dias virão. E vêm, vêm mesmo. Já os tive. Vão-se intercalando, para que não criemos falsas expectativas e para que também não nos apeteça ir ali falecer um bocadinho.

Ficámos as três em Évora estes dias, em casa dos sogros. Vou publicando uma ou outra fotografia no meu Instagram


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6.21.2016

Devolvam-me a minha filha!

Não quero pintar um mundo de cor-de-rosa, dizer-vos que tudo corre às mil maravilhas e que a Isabel continua a mesma. Tem sido duro. Um caos, por vezes. Já cheguei a pedir, retoricamente, "devolvam-me a minha filha!". Já cheguei a achar que foi cedo demais, que ela ainda é muito bebé para uma mudança destas na vida dela, que nos precipitámos. Acho que, num momento ou noutro, todas as mães de dois passam por estas questões, mesmo que a resposta depois seja "que disparate" ou "vai tudo correr bem" ou "é só uma fase". Temos de ser fortes e arranjar paciência onde ela, no meio de noites mal dormidas e hormonas mais ao rubro, não abunda. 

A Isabel anda mais embirrenta, mais carente, mais nervosa. Dorme pior. Come pior. Chama muito por mim, com um "a minha mããããe!", que se ouve de certeza no Porto. Nos primeiros dias e na nossa chegada a casa, a normalidade parecia imperar, mas passados uns dias notámos diferença. É normal e até é saudável que ela exteriorize tudo (já eu, consta que fiquei gaga porque nunca manifestei os meus ciúmes e interiorizei tudinho). Custa-me não a conseguir ajudar. Fico cheia de pena dela.

Acho que estamos a fazer tudo para que sofra o menos possível: quando acorda de manhã, às 6h30, sou eu quem lhe vai dar os bons dias, pôr na sanita, vestir, brincar, dar o pequeno-almoço e brincar de novo. Depois a mana acorda para mamar e ficamos ou na sala ou na minha cama as três, ela dá-lhe colinho e festinhas e o pai depois leva-a para a escola (continua a adorar ir à escola e não têm notado diferença nenhuma no comportamento dela por lá, até faz melhor a sesta e tudo). Quando chega da escola, brincamos, tenho tomado banho com ela de chuveiro, que passou a adorar, e depois tentamos jantar todos juntos, mesmo que seja com a Luisinha na mama e que eu coma só umas garfadas. A seguir, sou em quem a deita, depois das histórias, tal como ela pede. Aqui pelo meio, tento que participe em pequenas coisas, como ir buscar a fralda da mana e empolamos a importância dela nestas rotinas. Aqui pelo meio, atira-se bastante para o chão, pede leite e depois já não quer leite (mas tudo em gritos, qual drama queen), chora quando não pode pegar na mana ao colo (por estar a mamar, por exemplo), fica zangada sem que consigamos descortinar o porquê, e por aí fora. Sinto que o tom de voz dela agora é mais em moinha.

Mas uma coisa é certa: ela adora a irmã. E eu, apesar de gostar de saborear todos os momentos e não tendo pressa, já sonho com o dia em que a mana sorria para ela e lhe devolva todo o amor que a Isabel lhe dá. 


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6.13.2016

Amor de irmã mais velha

Não tem sido fácil, mas vale cada respiração mais profunda, cada coçar de cabeça, cada lágrima, cada nervo em franja. As birras já se fazem sentir com maior regularidade, o mimo da mãe é cobrado a cada instante, as noites voltaram a ser mais difíceis. Mas. O "mas" aparece sempre como tábua de salvação. É que vale mesmo a pena. Por momentos como este. 



Ser mãe de dois é abraçar a árdua tarefa de nos desdobrarmos, quais super mulheres, não deixando que nada falte a um ou a outro. É ir ao quarto da mais velha, acudir-lhe o choro nocturno, com a bebé pendurada na mama. É fazer contorcionismo, com o corpo e com o espírito. Mas, lá vem o "mas", é também ver a Isabel beijar a mana, uma e mais uma vez, é vê-la correr para ela sempre que chega a casa ou quando acorda, é ouvi-la falar baixinho para a Luísa, com carinho e cuidado, como que a contar-lhe um segredo, é presenciar um riso de satisfação ao achar que a mana lhe fez uma festinha, propositadamente. E fez, nós vimos. Momentos destes não têm preço e valem cada dificuldade. 

















"Colinho à mana". É o que mais pede, desde que a mana nasceu. E é a principal razão do seu choro, quando o pedido é negado. Oferece-lhe todos os peluches e brinquedos, quer tapá-la "até ao pescoço" e contacta, orgulhosa, "não está a chorar!", quando tem a bebé calminha no colo dela, por cima de uma almofada. "Os olhinhos a acordar!", diz-nos, contente por ver a irmã a abrir os olhos e a ficar a olhar para ela.

Vais ser uma irmã mais velha maravilhosa, Isabelinha. Não tenho dúvidas.


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5.27.2016

A aproveitar os últimos dias de filha única.

Andamos muito in love as duas - como se fosse possível ser diferente nestes dois anos - mas noto que andamos muito coladinhas, beijoqueiras e carinhosas, a aproveitar bem estes dias.
O último passeio no parque foi assim.



A interpretar com poupa e circunstância o "Já passou!" (alguém me acuda!!!).

Ultimamente tem sido a Minnie a eleita para passear connosco

Não a largou um segundo.





A ver a "menina crescida" descer por um escorrega dos "gandes"

Macaquinha.

5.26.2016

Acordem-me: está mesmo quase, não está?

Não estava à espera de estar a reagir assim, nesta fase final da gravidez. Não é que eu seja a pessoa mais stressada e ansiosa ao cimo da terra - acho que sou das boas energias, tenho sorriso e riso fácil e sou optimista - mas achei, ali a meio, que tanta calma acabaria num final de gravidez cheio de dúvidas e alguma ansiedade. Afinal, estou de 38 semanas e está tudo pacífico, no meu corpo e na minha mente. Mas - acordem-me - está mesmo quase, não está?

Mesmo estando neste estado 95% zen, há três pensamentos que me invadem de vez em quando, ou seja, mesmo que o meu coração não dispare e eu não fique cheia de stress, faço-me estas perguntas:


1) Como será que a Isabel vai adormecer nos primeiros tempos?

Apesar de termos tentado que fosse o pai a adormecê-la nos últimos meses (dantes podia ser qualquer um de nós, mas há uns tempos que, sabendo que eu estou em casa, ela quer que seja eu. O pai até pode estar presente, mas eu não posso faltar). Ainda experimentámos simular que eu não estava e foi pacífico, mas não foi o suficiente para que nos outros dias ela não pedisse que fosse eu novamente. Por enquanto, sabe-me bem todo aquele mimo e aquela ronha, como se estivesse a aproveitar todos os momentos ao máximo (tem adormecido a dar-me festinhas - e eu a ela, nas costas - abraçadas e com uns sons amorosos que só me apetece engoli-la de tanto carinho). Mas e depois? E se na hora dela adormecer eu estiver a dar maminha? Ou a Luísa precisar de estar com a mamã? E se ela demorar uma hora a adormecer? Vem para a minha cama e adormecemos as três? Vai compreender e "aceitar" que seja o pai a adormecê-la? 


2) Será que vou ter uma bebé calminha? 

Não, não estou a fantasiar com uma "bebé-come-e-dorme". Regra geral, os bebés não são assim. Estão em exterogestação, precisam de muito colo e mimo e nós estamos cá para isso (e as saudades que eu tenho da minha coala Nr1 coladinha a mim!). Mas será que se vai adaptar bem aos barulhos, às canções e gritos da mana, aos ladrares dos cães, aos passeios? Será mais ou menos chorona do que a Isabel? Será que vai dormir sestas de 20 minutos ou vou ter tempo de tomar um banho demorado? 


3) Vai ser muito duro?

Que não vai ser pêra doce gerir tudo nos primeiros tempos eu não tenho grandes dúvidas, mas como irei eu lidar com tudo isso? Com alguma calma ou vou ter sempre aquele sentimento do "Socorro! No que me fui meter já?"? Como vai reagir a minha cabecinha ao voltar a não dormir muitas horas seguidas? E vou conseguir manter a sanidade, se a Isabelinha começar - como é natural - a precisar de chamar mais a atenção, com birras e tal?


Estou confiante que, no meio do caos, tudo acabe por correr bem. Mas também não vou dourar a pílula, caso não corra como desejado. Preparem-se para ouvir de tudo deste lado, como se estivessem a ouvir a música "piradinhaaaa" em loop, que nestas coisas da maternidade é tudo um bocado imprevisível. 

De qualquer das formas, estou pronta. Estranhamente pronta. Podes vir, Luísa.






Já imagino uma Luisinha pestanuda a dormir bons soninhos na alcofa da Egg <3 

4.28.2016

E começa a loucura!

Ter duas pintainhas vai dar nisto.

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Adorei este matchy matchy* numa onda mais boho, da InnyFoge aos rosas (que, claro, não vão escapar) e diz que o amarelo torrado está na moda. :) 

Mal posso esperar para as ver nisto! 💛

*sim, vão ter de levar com esta expressão irritante algumas vezes, porque a pirosada boa de as vestir de igual está para durar

3.27.2016

O filho mais velho sofre com a chegada de um bebé?



Não ando propriamente a sofrer por antecipação, mas de vez em quando pergunto-me se a Isabel vai sofrer um bocadinho com a chegada da mana ou se vai reagir muito bem. Não faço ideia se valerá a pena planear algumas coisas, se deixar fluir e seguir o nosso coração será mesmo o melhor. Acho que vou apostar mais nesta última opção. 

Mas há pequenas coisas que temos de decidir, por muita ou pouca importância que possam ter: vai visitar-nos à maternidade logo no primeiro dia ou vai buscar-nos no último dia, quando viermos todos juntos para casa? Era giro dar um presentinho simbólico à Isabel, como se fosse a mana a trazer, ou o maior presente será a irmã mesmo e tudo o resto é dispensável? É preciso sensibilizar as visitas para lhe darem atenção? Vou tentar arranjar uma hora por dia em exclusivo só para a Isabel ou envolvê-la desde logo nesta relação a quatro, esquecendo essa coisa do “dia do filho único”? 

Imagem We Heart It

Acredito que dependa muito das idades dos irmãos e da facilidade em compreenderem o que se passa, mas mesmo assim pedi opiniões e dicas em vários grupos de mães do FB e cá estão algumas respostas. Obrigada a todas <3

- “A minha filha ficou tão encantada com o irmão, que só queria estar com ele! Deixei fluir...

- “Joana, planeei tudo e tentei que fosse o mais natural possível mas correu tudo pessimamente. Lol. O mais novo ofereceu presente que demos na maternidade, foi ela que lhe mostrou a casa e o quarto, as visitas tiveram imensa atenção à mais velha, eu fui busca-la à escola 4 dias depois e tentei fazer programas só com ela e foi um absoluto desastre. Com ele era um amor, comigo foi um terror e durante 15 dias não existi. Nesta gravidez estou a tentar levar tudo de forma mais natural (um filho de 2 anos e uma de 4) e não faço ideia o que me espera. Mas vou de certeza fazer menos planos e ter menos expectativas. Beijinhos e boa sorte!

- “No nosso caso o bebé trouxe 1 prenda ao mais velho e comprámos uma prendinha para o mais velho oferecer ao bebé! Um ursinho com música que ele adora pôr a tocar ao mano!!! :) Uma vez por semana faço 1 aula de yoga com ele... naquela horinha somos só os 2 hehe

- “As minhas filhas fazem diferença exata de 25 meses. A mais nova trouxe um presente para a mais velha. Mas se fosse hoje, acho que não tinha levado a mais velha ao hospital. A reação foi esquisita, e custou-lhe ir embora e "deixar" a mãe com a irmã num sítio que para ela era muito estranho.
Em casa, a gestão era trabalhosa mas fazia-se. Não houve o dia da filha única no início, mas "momentos", como ir às compras por exemplo.
A questão das visitas, tentei que as pessoas percebessem que tinham que dar a mesma atenção à mais velha, mas nem sempre é fácil.
Não houve crises, nem birras de ciúmes, mas ainda não consegui criar a ligação entre irmãs que sonhei. Mas a mais velha ainda não fez 3 anos, e a mais nova tem 10 meses. Já há reações de carinho, mas a interacção não é muita.
O tempo ajuda tudo”

- “Tive agora a segunda filha que trouxe um presente à mais velha. Mas acho que se não tivesse trazido nada, não tinha feito diferença. Ainda não tem uma semana, estou a amamentar e com algumas restrições - ainda tenho agrafos - mas conto fomentar momentos a sós com a mais velha.

- “Os meus filhos têm diferença de 4 anos, quando nasceu a mais nova o rapaz ficou responsável por tirar a primeira foto à bebé no hospital. E com isso conseguimos que quisesse registar momentos importantes da vida da irmã. Depois quando foi possível na logística, lanchar juntos, fazer caminhadas e partilhar com ele coisas com as quais se identifica. Não há receitas, apenas dicas e aprender a ver com o coração. Pois, o mais importante é sentirem-se muito amados”

- “O meu filho mais velho era muito pequeno e não percebeu muito bem o que se passou. A irmã trouxe um presente quando nasceu, mas ele ficou realmente encantado com ela. As pessoas que iam visitar-nós a casa faziam questão de falar com ele primeiro e ser ele a apresentar a mana. Com o 3o filho não houve presentes para os mais velhos mas sim um presente que eles quiseram comprar para o mais novo. Não consigo ter tempo para o filho único. Com as actividades fora da escola e com a mama do mais novo o único tempo que me resta uso-o para dormir. Sinceramente acho que o melhor será o deixar fluir.”

- “Filha com quase 3 quando o mano nasceu. Fizemos da prenda oferecida pelo mais novo e gostou. Sempre que as visitas traziam presente para o mano, era a mana crescida que ajudava a abrir. Ela foi nos buscar à maternidade e foi quando conheceu o mano. Não foi antes. E pedimos para ser ela a mostrar a nossa casa ao mano, quando chegámos. Claro que faz parte deixar fluir. Mas é importante estarmos atentas. Não há lugar a arrependimentos. Mas a minha filha nos dias menos bons não reagia mal à presença do mano, mas sim à falta que a mãe lhe estava a fazer...

- “Deixar fluir... Estarem presentes nos momentos importantes como a preparação do quarto e assim, e depois quando o irmão vem para casa, mostrarem a casa ao recém chegado, mostrarem os brinquedos, onde vai dormir.... De resto, é parte da dinâmica da família, acredito que dece ser-se o mais natural possível! Boa sorte

- “Detesto a ideia do filho único! Ter um irmão é uma dádiva pelo que é importante fomentar a união mesmo que isso implique aprender a dar a vez a cada um de escolher um programa ideal!
Valorizar o mais velho é uma forma de mostrar que nada mudou! Só melhorou! É mostrar a importância que este vai ter pra o mais novo!
O presente é sempre simpático.
A foto do mais velho na cabeceira da maternidade é um galardão e pêras!
Deixar o bebé com alguém para fazer um programa de crescidos é algo só para crescidos, e que não inclui bebés de chucha... E não se trata do dia do filho único. Até porque quando voltamos pra casa estamos cheios de saudades! Mas isto são só opiniões...”

- “Levar tudo com a maior naturalidade possível! As minhas filhas têm 26 meses de diferença e foi amor à primeira vista. Acredito que a maioria das vezes são os adultos que complicam a cabeça dos mais novos!

- “A minha tem 4 anos e teve agora uma irmãzinha. Fez parte de todo o percurso. Ainda grávida foi comigo à ecografia, viu aí a mana pela primeira vez. Arrumamos o quarto do bebe juntas, fizemos desenhos e colocamos na parede. No dia a seguir ao parto, que foi cesariana, foi nos visitar, foi a nossa primeira visita e naquele dia única visita, quisemos ficar assim os quatro.
No dia da alta, estava em casa à nossa espera, mostrou a casa à mana e desde aí, participa em quase tudo, dar banho, mudar a fralda, escolher roupa para a irmã, às vezes só atrapalha, uma fralda de um xixi demora mais que um cocó à séria, mas têm uma relação de cumplicidade e um amor incomensurável. Sempre que posso, e, porque a bebe já está com 7 meses, faço programas com a mais velha. Levo a ao cabeleireiro quando vou fazer a unha, vamos ao cinema, passear na praia, ler um livro no jardim, às vezes uma sessão de cinema em casa com pipocas. Adora! Julgo não haver grandes segredos, fazer o que manda o instinto, é o meu quote:)

- “Envolver em todas as actividades... os meus tem quase 4 anos de diferença. Pedir ajuda para mudar a fralda, pedir para aconchegar o mano porque tem a certeza que fica mais calminho quando é a mana a aconchegar, dizer que a mana é mesmo uma grande ajuda para si, comparar principalmente para dizer que o mais velho fazia as mesmas coisas tal e qual. Nada de megalómano para valorizar o mais velho, apenas muita conversa, atenção e mimo.

- “Eu também fiz isso das prendas, é importante mas é apenas um momento, o desafio é o dia a dia. Na maternidade quando o mais velho chegou tive o cuidado de o bebé não estar ao meu colo, as prendas para a mana é sempre o mais velho que as abre. E agora no dia a dia evitar comparações, evitar dizer-lhe que não a alguma coisa usando como justificação a mana. Basicamente ele não pode sentir que a mana lhe esta a roubar tempo com os pais. Muito importante o mais velho ser incluído em tudo, ajudar a tratar da mama e ser elogiado por nós sempre que nos ajuda. E tentar ao máximo não alterar as rotinas que já existiam. É um desafio constante a "gestão" da relação de 2 irmãos. Ate agora esta a correr na perfeição mas não quer dizer que não mude mais tarde

- “Tenho 2 meninos com 27 e 3 meses, têm 24 meses de diferença portanto. Sempre encarei tudo com muita naturalidade. O mais velho foi com o pai e os meus pais ver o mano à maternidade no dia que nasceu. Eu estava com o bebé ao colo, ele chegou, abraçou-me e deu festinhas e beijinhos ao mano. Não houve prendas nem para um nem para outro, não acho necessário. No final da visita o mais velho queria ficar comigo mas o pai explicou que não podia ser e foi com ele para casa. Em casa correu sempre muito bem, adoram-se e nunca houve ciúmes. Há muitos beijos, muitos abraços, é uma delícia! Eu e o pai damos banho e deitamos à vez e mimo nunca lhe faltou! Mais uma vez sublinho que agindo com naturalidade tudo se resolve super bem!

- “Cá por casa somos 3: 6 anos, 4,5 anos e 34 meses.  As minhas gravidezes foram muito atribuladas (gripe A, ruptura franca de bolsa... Internada no Natal e na passagem de ano, de repouso metade do tempo...) a C. sentiu muito o nascimento da irmã (ainda por cima a irmã chorava imenso!!!) mas tudo se resolveu facilmente com:
- dia do filho único; - eu deitava e contava a história; - eu levava e buscava da escola; - ajudava nas tarefas; - 1H/ dia filha única
O maior problema foram as primeiras visitas, que faziam uma festa enorme à bebé (principalmente as que acompanharam os dramas da gravidez) e quase nem ligavam à C. Como ela não sabia ler, pusemos um aviso na porta: "a única que percebe o que dizem e valoriza a vossa presença é a C., é a ela que devem mimar".
Quando me perguntavam o que é que era para trazerem, eu dizia sempre que a bebé não era nada materialista e se quisessem comprar alguma coisa, então que fosse para a C.
Ao fim de 2/3 dias a C. já estava toda feliz com o nascimento da mana: casa cheia, elogios e presentes.
A mana teve vários problemas de saúde, inclusivamente um atraso no desenvolvimento, que exigiu muita atenção durante os 3 primeiros anos... Daí termos tantos "momentos de filho único com a C. e o T.
À chegada do T. foi tudo super simples: elas adoraram o nenuco a sério e adotaram no. (Por vezes sinto-me dispensável loool).
O nosso único cuidado foi deixá-las fazer tudo o que já fossem capazes: dar comida (metade para o chão), cantar uma música (não sei como ele não é surdo), escolher a roupa (temos algumas fotos engraçadas)...
De tudo o mais importante foi avisar as visitas. As pessoas vinham ansiosas para ver a bebé-aventura e quando chegavam começavam logo com uau, que linda, enorme...
E a C. ficava uns instantes tipo bibelô... Quando passaram a cumprimentá-la a ela e a dizer (uau, tens uma mana, és mesmo crescida...) ela percebeu que o seu lugar no mundo ia continuar.

- “O meu filho tinha 2,5 anos quando a irmã nasceu; foi comigo uns dias antes comprar um presente para dar as boas vindas a mana; foi visitá-la no primeiro dia e também recebeu um presente da mana; estava super feliz com a mana mas não foi nada fácil a aceitar ver-me a amamentá-la; tentamos manter a rotina dele ao máximo e por isso tratava da mana antes dele chegar e ela dormia enquanto eu estava com ele a brincar, banhos e jantar; ela está prestes a fazer um ano, dormem no mesmo quarto, brincam juntos e já são muito amigos, adoram-se! É lindo ver esta relação a crescer!

- “A minha filha tinha 16 meses quando nasceu o irmão e a única coisa que fiz mesmo questão foi que se conhecessem sem mais ninguém à volta! O meu marido entrou no recobro com ela e ela adorou-o!!! Fui para o quarto com um de cada lado! Achei q era bom o pai fazer programas só com ela e foi um desastre! Lol! No dia em que decidimos ir almoçar todos juntos ela rebentava de felicidade...o que ela queria era estar em família! O amamentar nunca foi problema, eu dizia que o mano estava a papar e pronto...até ontem que no meio da missa ela me enfiou a mão dentro da camisa e disse "papa"! LOL!

- “Comigo foi um bocadinho "navegar à vista"... A única coisa que organizei foi a ida à maternidade e fiz questão que a minha filha (2A) só fosse no dia da nossa saída. Tinha à espera dela o irmão e uns mega balões para levar para casa. O entusiasmo com o novo bebe foi tão grande, que me começou a pedir para ajudar em tudo: mudar a fralda, dar banho, biberon, etc. incentivei bastante esta parte e acabei por comprar à minha filha um "kit Nenuco" que tem todas estas coisas de brincar e estamos muitas vezes as duas a fazer a mesma coisa: eu no bebé, a minha filha no Nenuco (e às vezes vice-versa). Tentei não quebrar nenhuma das suas rotinas, continuei a fazer os mesmos programas e, quando não deu para fazer a 4, fazia-se a 2, com o Pai/Mãe alternativamente. Sinceramente, acho que não há uma fórmula, é estar atento ao que os nossos filhos nos dizem, nas suas mais variadas formas, e entregar...!



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