Mostrar mensagens com a etiqueta sono. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sono. Mostrar todas as mensagens

8.04.2016

"Mãe, anda cá dizer adeus à Bubbles."

Já sei que vão dizer que preciso de descontrair. Não só por aquilo que vou contar, mas até só por ter começado assim o post. 

Como é a minha primeira filha, não sei bem o que é "normal" ou não. Porém, sinto que a Irene tem demasiados pesadelos. Parece mesmo que sim. Fico sempre muito curiosa com aquilo que ela poderá andar a sonhar (sou assim com os meus sonhos e com os de toda a gente). Ela ainda não sabe bem o que se passa. O pai e eu já tentámos explicar, mas acho que ainda não chegámos lá. 

Acabo sempre por ficar com a pula atrás da orelha e confesso que penso "o que terá acontecido hoje na minha presença que te tenha influenciado?". Desabafei sobre isso com a Catarina Beato do Dias de Uma Princesa. Ela descansou-me dizendo que um pesadelo para eles podem ser milhares de coisas, "até ficar sem wireless, como já aconteceu ao meu filho".

Sim, realmente, olhando para as birras dela e para a intensidade que tudo tem, é bem provável que seja algo assim tão "parvo". 

No outro dia falou enquanto tinha o pesadelo. Chamava-me. Chamava-me (já estava eu dentro do quarto mas, pelos vistos, ela continuava a dormir) e disse: 

"Mãe, anda cá dizer adeus à Bubbles.". 

Bubbles é a nossa gata. A minha fantasia leva-me para pensar que, como ela (a gata) tem estado doente (ao que parece é stress, os gatos nunca devem ter companhia felina) que a Irene se tem andado a questionar sobre a permanência das coisas. 

Ela estava muito perturbada, o que me deixou comovida porque quer dizer que a Bubbles é importante para ela. 

Por outro lado: aos 2 anos e meio e já a chorar com partidas e abandonos? O nosso cérebro é realmente uma coisa muito complexa...

Provavelmente isto será projecção minha, na volta ela estava a dizer adeus à Bubbles que levava o Chase da Patrulha Pata debaixo do braço e isso é que a deixou perturbada. 



7.14.2016

A conversa mais séria que tive com a Irene.

Como é que só me lembrei disto agora? Isto de ser mãe realmente... ao mesmo tempo que parece que põe os neurónios todos a funcionar, acho que faz com que só tenhamos dois. São dois muito bons? Epá, são. Mas não deixam de ser só dois. 

Então e não é que a Irene fala extremamente bem, compreende extremamente bem e eu ainda não tinha tido a conversa mais importante de todas? 

Essa mesmo. 


- Necas, anda cá à mãe, sff. A mãe quer ter uma conversa muito séria contigo, pode ser?

- Sim.

- A Necas acorda durante a noite, não é? E chama pela mãe, verdade?

- Sim.

- Como chama a Necas pela mãe durante a noite?

- "maaaaãeeeeeeeeeeeeeeeeee!".

- Não precisa de chamar, Necas. Sabe porquê? Porque... está tudo bem. A Necas é a maior e a Necas consegue adormecer sozinha. Consegue, não consegue?

- Sim.

- Vamos fazer uma coisa muito gira. Sempre que a Necas acordar durante a noite e não vir luz lá fora, a Necas vira de barriga para baixo, abana o rabo e adormece. Não precisa de chamar a mãe. 'Tá bem?

- Sim.

- Quando a Necas acordar durante a noite o que vai fazer?

- Abanar o rabo.

- Pronto, mas na cama ou vai sair?

- Sim.


Acho que tenho o problema resolvido.


Nota: para todas as minhas fãs (estou a brincar, eu sei que sou o Éder deste blog), trato a Irene por Necas porque é como ela se trata a ela própria. Tem que acabar, eu sei.

6.24.2016

Ela dorme no meio de nós.

Decidimos assim e tem sido o melhor para nossa família. Não quero fazer um elogio do co-sleeping, dizer que é a melhor opção (acho que cada mãe/pai saberá o que é melhor dinâmica para os seus), mas cá em casa, depois de um pós-parto mais complicadito, ter a Luisinha aqui mesmo ao lado tem sido muito bom. Por todas as razões: para senti-la bem perto, para ela me sentir a mim, para não me mexer muito nem levantar durante a noite (já bastam as piscinas até ao quarto da Isabel - que hoje, "benzádeus" dormiu a noite toda), para estar à distância de uma mão, para lhe acalmar os pesadelos (ou espasmos ou ambos). 

E perguntam vocês, mas não têm medo de a esborrachar? Epa, não. A cama é grande, já estamos habituados a dormir com a Isabel nas férias e quando ela quer (é ela que nos esborracha a nós até) e temos um bom perímetro de segurança com o ninho (melhor invenção de sempre). Além disso, o marido é encalorado, não é de se colar nem vir para cima de ninguém (salvo seja... hehe). Também não temos sentido falta, enquanto casal, de ter o nosso espaço, por mais anti-romântico que isso possa parecer. 

Até agora tem dormido sestas no ninho e na alcofa e um dia destes experimentamos a alcofa para dormir à noite. Também vai correr bem de certezinha.

Agora vejam bem esta riqueza a dormir uma sesta, coisa mais querida da sua mãe!











Ninho: Agu agu
Babygrow (lindo e confortável): Ratinho Feliz
Coelho: Zara Home


Sigam-nos no instagram @aMaeequesabe
E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

5.27.2016

Não dormiu a sesta!

O sono sempre foi uma das preocupações que eu tive com a Irene. Desde que ela nasceu, até acho que foi o que me fez "passar para o outro lado": não conseguir pô-la a dormir a primeira sesta a tempo de conseguir adormecê-la na segunda. Se sofria de ansiedade? Epá, sim. E juntar ansiedade e maternidade é quase pior que gasolina e um lança chamas. Depois daí, fiquei mais calma e também ela passou a dormir só uma sesta por dia (não a conseguir adormecer também poderia ter que ver com o facto de pasmem-se: ELA NÃO TER SONO) o que tornou tudo mais fácil. Há mais de um ano que não há problemas com as sestas. É hora de ir dormir, ela dorme, tranquilinho. 

Menos ontem. 

Ontem não adormecia por nada deste mundo e eu, parva, insisti imenso. Claro que resultou em choradeira e eu, de coração apertado, a tentar perceber as consequências de uma desistência da minha parte. Fiquei triste porque queria ir com ela ao Jardim Zoológico a seguir e queria que ela fosse descansada para ir mais tranquila. Não consegui e confesso que fiquei algo quentinha de nervos por causa da situação. O Frederico é que me disse (depois de também tentar): "Joana, não quer dormir, não dorme". E eu: "mas eu queria ir ao Zoo e já lhe tinha dito que íamos!". Ele: "E vais!". E... realmente!  Tanto que fomos. 

Foi uma óptima decisão porque pode realmente aproveitar o Zoo, não era como eu fantasiava saltar uma sesta (como vos expliquei, a última vez que vi a Irene sem uma sesta foi há mais de um ano) e isso fez com que começasse a questionar próximos eventos onde, se ela não dormir uma sesta, não será assim tão grave. Tem é de compensar. 

Querem ver as fotos? Beijinhos às mães que, apesar do meu aspecto domingueiro, me reconheceram. Desculpem estar tão acanhada, mas apesar de parecer "toda à vontade" é só quando estou preparada para isso, senão foi aquilo que se viu: timidez. 

Joana Paixão Brás, já sei que são muitas fotografias e tenho de aprender a ser mais selectiva, mas não consigo tirar fotos daqui, gosto de todas. Vai-te parir e não me chateies a cabeça. ;)










































5.11.2016

Não pára de berrar...!!

As últimas noites têm sido uma loucura. Não é porque acuse cansaço - tenho adormecido sempre com ela à noite uma horinha, pelo menos, mas tem sido doloroso os berros todos da Irene durante a noite. Parecem terrores nocturnos, mas já começo a achar que não. Cada vez mais me parece algo que notávamos imenso que era verdade quando ela era pequenina - os saltos e picos de desenvolvimento/crescimento.  Nem sempre a Vaca Amarela me ajuda.. 

Resumindo: é quando o cérebro deles está a fritar. Como se estivessem com SPM mas sem conseguirem mandar indirectas ou serem passivo-agressivos.

Noto que a Irene fica mais birrenta sem motivo algum por termos boas rotinas. Ela dorme às mesmas horas, dorme o mesmo número de horas, come às mesmas horas, pelo que alguma coisa a mudar, terá que ser dela (não quer dizer que não tenhamos excepções mas, tal como disse, não são o "normal). São como se fossem pesadelos, mas sem ser. 

Claro que, vem sempre alguma insegurança à superfície. Não consigo deixar de pensar se ela terá visto na televisão ou no ipad qualquer coisa que lhe tenha feito confusão (claro que estamos atentos, mas nunca conseguimos ter a certeza). Se foi por o Frederico e eu termos tido algum desentendimento que ela possa ter ficado com essas "emoções" dentro dela. Não sei.

"Ajuda-me" saber que a Isabel da Joana Paixão Brás também tem um vipes destes, mais me ajuda a ir pela teoria dos saltos e picos de coiso. 

Há por aí algum neurologista? Onde é que me posso informar sobre isto? Não estou em pânico (longe disso), mas gostava de saber. 




5.03.2016

Aquela vaca salvou-me a noite!

Acho que não é típico da Irene. Pelo que tenho falado com algumas amigas (assim parece que tenho muitas), é algo recorrente. Desde nova - principalmente pela dificuldade que tinha em pô-la a fazer as duas sestas a horas (muita ansiedade minha) - sempre que ela não dormir "o que devia dormir", era de esperar dois episódios de terrores nocturnos. Ela "acordava", passada na cabeça, sem me reconhecer, só me batia e gritava como se fosse a Sansa Stark e estivesse a ser perseguida pelo Bolton (não o Michael Bolton, apesar disso também dar direito a querer fugir e bem). Gritava, chorava e tudo de TERROR. Não era só um pesadelo manhoso como aquele que ela tem de vez em quando a dizer que tem a boca com bichos (feita estúpida disse-lhe que tinha de lavar a boca senão ficava com bichos...). 

Foi horrível para o meu coração na altura. Ainda para mais, li nalguns sítios que o melhor é só ficarmos a vigiar o episódio e não lhes tocarmos nem acordarmos para o cérebro resolver o nó e não voltar a acontecer nessa noite, mas eu não conseguia, claro (acontece normalmente na primeira metade da noite). Voltou a acontecer no outro dia. Não fez sesta ou dormiu muito muito pouco, já não me lembro e, à noite, foi mesmo o TERROR.

Rejeitava a maminha, batia-me, arranhava-me, ficava super ofendida comigo, não dizia coisa com coisa... Não sabia o que fazer. Às tantas, pensei: vou fazer uma brincadeira com ela, pode ser que isso ponha o cérebro a funcionar um bocadinho mais do lado "dos acordados".

- Irene, queres banana?

- nãooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!

- Irene, queres um acordeão? 

- nãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaao!

- E uma vaca amarela, queres? 

- Sim!

Parou de chorar. Acordou. Continuei: "Necas, uma vaca amarela??? Não há!! É como haver cães roxos! Ou o xixi ser verde! hahaha"

Ela sorriu e deitou-se de barriga para baixo. O pai fez-lhe festinhas até adormecer e pronto. 


Obrigada, vaca amarela. 

Pior desenho de sempre!! E não fui eu a fazer, googlei e encontrei ahah. 

4.18.2016

Nunca mais...

Já todas sabemos que "o tempo passa muito rápido" e é verdade que sim. Do nada passamos a ter mini-pessoas lá em casa que já dão opiniões, já fazem perguntas, já dizem o que querem e quando e quem é que querem que os ajude... 

A Irene, além de ter ficado mais alta nos últimos dias - reparamos nisso porque já não passa debaixo da porta do frigorífico sem bater lá com a testa ('tadinha), porque já não cabe nos pijamas até aos 24 meses e porque os avós disseram - também anda a construir frases cada vez mais complexas. No outro dia, quando a levava à aula de de música, fez conversa comigo. Se sempre foi uma boa companhia, agora - mesmo apesar das birras - é fabulosa. Estou cada vez mais apaixonada, nota-se muito? 

Apesar de todo este grande desenvolvimento intelectual e físico, há uma coisa que continua a não acontecer e que me dá cabo da... ia dizer da cabeça, mas não. Dá-me mas é cabo da conta. 

QUANDO É QUE ELES SE PASSAM A TAPAR? 




Farta de a ter de vestir com pijama polar e ainda mais umas coisas por baixo e ligar o aquecimento no quarto dela a noite toda. Sei que me vão falar dos lençóis sacos-cama, já sei (obrigada pelas sugestões). O problema é que a miúda se sente presa e começa aos pontapés super enervada como se uma pessoa estúpida lhe tivesse pegado ao colo. 

Sonho com o dia em que ela me diga: "Mãe, tapa-me com o edredão para eu ficar mais quentinha, 'tá bem? Olha, não te vás embora, diz-me só qual é o teu IBAN que, quando eu for mais crescida, vou dar-te todos os meses um x para te compensar de tudo o que tens gasto em vegetais e fraldas para eu crescer, é que vou ser podre de rica e quero mesmo dar-te parte daquilo que tiver, nem que seja só uns 20 euros para tratares desse buço e sobrancelhas. Pronto. Sendo assim, vai lá à tua vida que eu adormeço sozinha e a sorrir. Um abraço."


Quero tanto que a miúda se tape... gostava mesmo de a aconchegar e de POUPAR DINHEIRO NO AQUECIMENTO.

Pronto.

3.11.2016

Passou a noite toda a chorar...

Ok. Têm que me dar um desconto. Sou mãe e, portanto, aqui "a noite toda" não é a "noite toda" é... "algumas vezes". 

Ontem, adormecê-la foi complicado. Já tinha "passado do ponto" e, por isso, não estava nada maleável. Adormeceu no fundo da cama e, como fiquei com medo, tive que a puxar para cima. Puxei e... acordou! Super mal disposta - como a compreendo. Ficou ainda imenso tempo a chorar comigo a tentar acalmá-la de todas as maneiras possíveis e imaginárias, mas foi difícil. Eu também já estava cansada. 

Percebi que devia tê-la deitado ligeiramente mais cedo. Como anda a acordar uma hora mais cedo que o normal, talvez deva antecipar o jantar uns minutos e a ida para a cama...

Aconteceu o que acontecia antes quando ela era muito muito bebé e lhe doiam os dentes. De vez em quando chora (não sei se chega a acordar) baixinho e há alturas em que diz "não, não!". Não sei se são dentes (sei lá), se foi alguma coisa que viu no ipad... Inevitável pensarmos no que é que temos responsabilidade ou não.

Deve ter sido um pesadelo, mas a "noite inteira"? 

Agora que ela fala, bem que tento puxar por ela para saber se lhe dói alguma coisa, mas acho que ela nem está a raciocinar nestas alturas...

Hoje vai dormir mais cedo. E eu também que tenho adormecido sempre com ela... 


As boas notícias é que dantes teria acordado umas 20 vezes numa noite como a de ontem. Ontem, mesmo assim, só acordou uma e às 5h da manhã... ;) 

2.24.2016

Tive de disfarçar que estava a chorar.

Tive mesmo. Não queria mesmo que a Irene percebesse que a mãe estava a chorar porque iria entender mal a situação.

Estava a adormecê-la ontem, no registo dos miminhos que vos falei - tenho adorado (aqui) e, como queria ver se ela se começava a acalmar disse:

- A mãe está cansada, podes, por favor, tentar fazer ó-ó?

- A mãe está triste?

- Não, a mãe está sempre contente, sabes porquê?

- Porquê?

- Porque gosta muito muito de ti. 

Ela sorriu e abraçou-me com muita força ao mesmo tempo que fazia aquele barulho que fazemos quando apertamos alguém...

Tive de disfarçar, mas caíram-me lágrimas... ;) E sabem o melhor? Adormeceu. Virou-se de barriga para baixo, ainda mexeu um bocadinho as perninhas e isso, mas adormeceu.




Parece a gozar, mas não é...

Agora, o que é a gozar é que o diálogo tivesse sido exactamente assim. A versão verdadeira é esta:

- A mãe está cansada, podes, por favor, tentar fazer ó-ó?

- Tite, mamã!

- Não, a mãe está sempre contente, sabes porquê?

- Sim. 

- Porque gosta muito muito de ti. 

Ser mãe é estar apaixonada todos os dias.

2.19.2016

VOLTEI A DORMIR, CARAMBA!!! Parte 2!

Continuação deste post que era suposto só ter sido lido hoje de manhã, mas algumas de vocês não resistiram e vieram cuscar mais cedo, outras vieram pelo facebook do Centro do Bebé

Também era para publicar este post mais cedo hoje à noite mas vocês, mais do que ninguém, compreendem que os horários à noite podem sair um pouco furados, não é? É. 

Estava a explicar como conheci a Constança em pessoa e o que senti naquele dia em que me deu vontade de vomitar o coração para fora e deixá-lo em cima da secretária. Controlei-me mediocremente.

Já vos disse isto, mas já antes tinha falado com uma especialista do sono (que muito adoro e que muito me ajudou), mas que a primeira hipótese era de fazer o desmame nocturno (algo que sempre fui radicalmente contra, menos naqueles momentos de exaustão extrema em que tudo parece uma hipótese, até lhe dar um pontapé nos rins). Segui o meu instinto e prossegui. Vamo-nos adaptando (mais ou menos) a isto de não dormir. O cinzento começa a ser uma cor que nos segue para todo o lado e, às tantas, até já conseguimos duplicar as pequenas mini-forças que ainda temos em nós. Tudo é, porém, 10 vezes mais custoso e 10 vezes menos divertido. Estou convosco.

A Constança perguntou-me pelos hábitos da Irene e eu lá lhe disse. Eu sempre fui muito rígida nisto do sono porque fazia tudo o que estava ao meu alcance para ter a esperança de que pelo menos naquela noite conseguiria dormir mais do que 3 horas seguidas. Raramente. Uma das coisas que a Constança disse foi "se vires que ela tem sono, mesmo fora da hora da sesta, deixa-a cochilar... no teu colo, um bocadinho no sofá, se ela tem sono é porque está cansada". Fazer um sono curtinho de 30 minutinhos pode ser óptimo para eles e eu sempre a privei disso com os meus horários tão rígidos. Ainda hoje tenho imensa dificuldade porque não gosta que ela durma àquela hora e depois não saber quando é que ela vai adormecer outra vez, mas senti-me livre por saber que escutar a Irene e não as "teorias" não era algo imbecil, antes pelo contrário. Sinto que, aos poucos, "os livros" estão a passar a ser eu e ela, o nosso "nós". 

Outra coisa que ela me disse e que me fez todo o sentido foi que os bebés precisam de processar a informação que retiveram durante o dia antes de adormecer. Se tiver sido um dia muito mexido, aquela energia toda que eles têm antes de adormecer é óptima para o cérebro mastigar informação e quanto mais mastigada for, menos acordam durante a noite porque mais descansados dormem. Atenção que a Irene tem praticamente 2 anos, não sei se isto se aplica a bebés muito mais novos.

Isto fez com que eu passasse a não estar impaciente por ela andar aos saltinhos em cima da cama e aos gritinhos e a cantar e a bater palmas. Vi isso como um momento útil para um dormir mais tranquilo. Já não me enervou. Fez-me pensar também no meu erro mais comum nisto da maternidade que é não ver a Irene como uma pessoa. Ela é uma pessoa. Quantas vezes vamos para a cama e nos custa a adormecer logo? Porque é que exigimos isso dos nossos filhos? 

Ela tem que deitar fora aquela energia toda. Adormecer num ambiente calmo. Lembrei-me daquelas noites em que adormecemos depois de uma conversa mais séria ou até de uma discussão acesa e que, durante a noite, simplesmente sentimos que não descansamos ou acordamos com a sensação que nem dormirmos. Sinto que o nosso papel (e disse-me também a Constança) é garantir que eles têm as condições ideias para se sentirem amados, seguros, calmos e tranquilos e não sermos fonte de pressão e de energia negativa por eles não serem robôs. "Irene, são horas de dormir!!! Dorme!!". É só parvo. 

Recomendou-me que depois do jantar fossemos logo para o quarto para a cabeça não viajar muito mais depois da "calma" que o jantar traz. Vamos logo. 19h40 estamos no quarto e, durante sensivelmente meia hora, ainda de luz acesa, dou-lhe todos os miminhos do mundo (ou, mais no caso da Irene - igual à mãe - faço de público para as palhaçadas dela) incluindo festinhas no cabelo, beijinhos no corpo todo, maminha, muita maminha, por-lhe as mãozinhas dentro das minhas enquanto sopro lá para dentro para fazer quentinho (chamamos-lhe "o forninho"). Não sei se para vocês é fácil imaginar, mas ela tem um colchão de adulto no chão e eu deito-me com ela. Depois dessa meia hora em que, em princípio, estamos as duas calmas (pode não ser meia hora, atenção, não sejam chatas como eu), quando ela estiver mais molinha, desligo a luz e tento só dar-lhe os miminhos mínimos necessários.

A Constança disse que o primeiro acordar da noite costuma ser uma réplica do momento do adormecimento, por isso, quantos menos apetrechos ou técnicas utilizarmos para os fazer adormecer (colo, festinhas no rabo, canções, etc), mais suave será o primeiro acordar pois não acordarão à procura das condições que havia quando foram adormecidos. Se adormecerem sem ajuda (connosco lá ao lado a ouvi-los respirar - no nosso caso tenho feito conchinha, a ver se não repito muito para não ficar "bengala" hehehehe), vão acordar só quando for "preciso" e muito mais tranquilos. Assim tem sido. A Irene acorda agora uma ou duas vezes por noite (é uma sorte enorme comparadas com as 5/6 vezes que têm sido nos últimos dois anos). E ando a fazer isto bem há pouco tempo e acho que, mais uns dias, irá acordar ainda menos. E há de haver um dia em que tenho de ser eu a ir acordá-la haha!

Deixá-los esgotar as energias, proporcionar um ambiente calmo, sem pressas, reconhecê-los como indivíduos e não como nossa posse, não fazermos (adultos) birra por eles não adormecerem quando nos dá jeito e... acima de tudo: ver o momento do adormecimento como um momento de qualidade em que não há ruído nem telemóveis, nem nada. Só nós. 

A grande mudança aqui, além dessa minha postura pacífica foi a Irene ter a maminha antes de adormecer e não adormecer por completo na maminha, só consegui fazer isto graças a três coisas: consegui explicar à Irene que depois de mamar uma vez, as maminhas ficam vazias e só no dia seguinte é que têm muito leitinho (a história da maminha que conto dezenas de vezes antes de desligar a luz e a pedido - como é que mães de bebés mais novos podem fazer isto é que não sei, ajudou a Irene já me compreender), nos primeiros dias o pai ia adormecê-la comigo para haver maior "distracção" da maminha para quebrar a rotina e, agora, ela já sabe: a maminha é o tempo que ela quiser até se apagar a luz. Depois é ó-ó. 

Sabem que sou defensora acérrima da amamentação (como se houvesse algo para defender, como se não fosse mais do que óbvio), mas tenho a dizer-vos que desde que dei uma oportunidade a outro tipo de adormecimento que descobri outras formas de amor que ainda não tinha tido tanta oportunidade: as mãozinhas, os pézinhos, as festinhas... também tem sido lindo. Mães, não é preciso fazer desmame nocturno para eles dormirem bem! A culpa não é da maminha! A culpa não é de ninguém, o mais natural não é que eles durmam sozinhos até porque seriam caçados por um bicharoco qualquer, é normal que nos procurem, que nos chamem. Porém, esta é a maneira que tem funcionado para nós.

Não fiz desmame nocturno. Ela ainda mama quando acorda de noite e acordo cheia de vontade de lhe dar maminha, não estou habituada a tanto descanso haha. 

Graças à Irene a mim e ao pai e também à fada dos bebés - que também é a fada das mamãs em delírio graças à privação do sono. 

O que a Constança faz é simples. Vai buscar-NOS ao fundo do poço para onde nos atirámos com o nosso cansaço. E, com isto, faz os bebés crescerem felizes e com uma mãe muito mais feliz também. A mãe é que sabe, meninas, é o que vos digo. 



Tenho adorado adormecê-la. Depois de passar tantas horas em ela e de chegar a casa e ter de fazer coisas, aquele momento ninguém nos tira. Até ambas adormecermos naquele colchão. Adormecermos juntas. Que maravilha. 


(Cada bebé é um bebé, não são um robot, nem existem manuais para tratarmos deles como se tivessem um número de série. Reparem que não tive que a deixar chorar, nem a deixar sozinha ou deixá-la chorar a olhar para ela a dizer "a mãe está aqui", mas sem fazer nada para a ajudar - imaginem o que vai na cabeça deles "se estás aqui e me vês assim... por que não fazes nada?". A Constança é the real deal, é empática, não é só marrona e repetidora de conhecimento alheio. Sente-se quando estamos com ela. Sente-se que ela nasceu para isto e que não é apenas mais uma pessoa a tirar partido do nosso desespero para se tornar "conhecida" e para "aparecer". Foi o que senti.) 

Para dicas mais adaptadas a vocês e à vossa família, nada como a conhecerem. Depois digam-me se não sentirem o mesmo... 

2.18.2016

VOLTEI A DORMIR, CARAMBA!!!

Já está!!!!!!!

Já anda a acontecer há alguns dias, mas não queria dizer nada para não "amaldiçoar" a minha sorte! Não têm noção do que andei a "sofrer" nestes últimos dois anos com as noites da Irene... Ai, esqueçam.. têm, têm! Se andam por aqui é porque têm mesmo uma noção de tudo aquilo que passamos. Era horrível, sentia que estava aprisionada em mim própria sentindo-me impotente e menos presente, mas agora... ANDO LOUCA! CHEIA DE ENERGIA! mentira, adormeço à mesma depois de a deitar no sofá ou até com ela na cama. 

Sinto-me mais feliz, mais sorridente, mais esperta (aquilo do nosso cérebro desaparecer depois do parto é um pouco verdade, mas recuperamos um bocadinho quando passamos a dormir melhor) e com mais vontade de espalhar amor pela família toda. Notam o meu entusiasmo? Notam? Até a minha rosácea com melhores noites de sono já  me está a deixar ser um bocadinho mais bonita e com menos ar do Estebes do Herman. 

Como é que isto aconteceu? Em conversa com a Constança (cujo livro já tinha falado aqui)... Aliás, não foi assim! Eu escrevi um post a dizer que parte do segredo para sermos mais felizes é "deixar ir", algumas questões, desprendermo-nos da "vida passada" e aceitarmos o que há. Era um texto sobre o sono. A Constança (minha bff no Facebook) perguntou se precisava de alguma coisa e... BORRIFEI para tudo o que tinha escrito. Pensei: "Aceitar???' Não!!! Quero é que durmamos as duas muita bem!". Só para que se perceba aqui o "as duas" sou eu e a Irene e não eu e a Constança, acho que não faço muito o género dela.

Fui ter com a Constança ao Centro do Bebé no final de um dia de trabalho. Foi óptimo porque era à saída do metro,  nem tive que me mexer muito. 



E sim, a Marinel aceita marcações (o cabeleireiro no final da fotografia). Fui, adorei o espaço (todo naquela cor verde de água que nós adoramos e decorado de maneira muito rústica e cozy - mesmo tudo aquilo que a Constança sempre me transmitiu no livro dela) e esperei pela Constança. 

Entrei no gabinete e senti uma química especial (não aquela de que falei há pouco). Senti uma espécie de vontade genuína de ouvir e de ajudar. Coisa que não costumo sentir nos médicos que visito para as minhas consultas de rotina, sabem? Olham para nós mas parece que nem sempre nos vêem. A Constança viu-me e tive de me controlar porque ia começar a desbobinar a minha vida toda sem ninguém me ter perguntado nada sobre isso. Já conheceram pessoas assim que só dá vontade de fazer queixinhas da nossa vida toda? Foi o caso, mas dei o meu melhor para não ser chata. 

Falámos sobre a Irene. A Irene acordava imensas vezes durante a noite (sim, reparem no tempo verbal, ACORDAVA!) e eu não sabia o que poderia estar a fazer "mal". Já tinha falado com uma especialista de sono muito querida e ela já me tinha dado imensas dicas de horários, posturas, etc (e ajudou-me muito) e, por isso, a meu ver, tirando "o desmame" que nunca estive disposta a fazer de maneira artificial (assim, querendo só eu), não havia nada que estivesse a fazer de errado. E, realmente, não havia. 

Ao falar com a Constança percebi que nós não fazemos nada de errado, mas é exactamente esse receio que nos amaldiçoa. Lembro-me sempre de um exemplo, que não sei onde li/vi ou quem me contou (na volta, ainda foi no livro da Constança), de uma dupla de mãe e filha no hospital que não se estava a conseguir entender com a amamentação e imensa gente estava lá a mandar o seu bitaite, a opinar... Quando toda a gente saiu e ambas se concentraram uma na outra... a magia, o natural aconteceu. Estamos poluídas de teorias, inseguranças, novidades, tretas, bitaites... 

A Irene acordava imensas vezes durante a noite e eu também. Ela acordava, chamava por mim e dizia "mamã, maminha!", eu ia, dava a maminha com todo o gosto, mas de manhã sentia os "juros". E acho que ela também. Menos descansada. 

A Constança ajudou-me a que a Irene passasse a dormir melhor e sem nos tirar a maminha. Querem saber o resto? Conto-vos mais logo à noite, pode ser? ;)

2.10.2016

O crime compensa (tenho pecado à bruta).

Vocês vão dizer que nem sequer é crime, que todas fazem isto, mas teria de vos explicar muita coisa (ou de lerem o blogue quase todo para trás - em breve vão poder fazer isso porque vamos editar um livro). Passei a Irene para o quarto dela no 2º dia de vida, tive imensos problemas com a amamentação, eu própria nunca fui física (de muito miminhos) e sinto que a minha proximidade física com a Irene ficou de alguma maneira (sem fazer a mínima ideia porquê) comprometida, a não ser nos momentos de amamentação. No segundo filho, hell yeah que vou fazer co-sleeping e vou aproveitar para o encher de corpinho... vai levar com doses e doses. E, sinceramente, a Irene também. Essa barreira está a desaparecer. 

Desde que a tirei do berço que a adormecemos deitadinhos com ela (temos tentado adormecê-la em conjunto à noite) e, de vez em quando, tenho dormido lá. De manhã. Das 5h às 7h ou lá o que é. Quando ela chama várias vezes e custa mais a adormecer, fico lá com ela. 

Não sei se a estou a habituar mal, não sei se ela quando crescer vai ter uma perna mais curta que a outra 25 cm, não faço a mínima ideia. Desta vez não quero saber. Não quero mesmo. Não há nada mais saboroso que me agarrar ao corpinho dela, sentir a barriguinha a subir e a descer, o cheirinho dela, tirar-lhe o cabelinho da cara, agarrar-lhe os pézinhos. 

Quero lá saber o que é que vai acontecer, isto já ninguém nos tira. As duas. Agarradinhas. De manhã. 

O crime compensa e se compensa... Nada me voltará a afastar dos meus filhos. Essas regrinhas e receios acabaram. É o que nos fizer melhor ao coração. 





2.09.2016

Procura-se Mãe que faça o mesmo...

Não deve haver, mas...

 A Isabel só aceita adormecer com o pai se eu não estiver em casa. Ontem precisava muito, muito de trabalhar à noite, por isso - como já tinha feito uma vez - fui trabalhar para o carro. Sim, com manta, computador, telemóvel atrás.
 
"Filha, a mãe vai trabalhar, e já volta. Hoje é o pai a contar a história e a adormecer-te. Quando acordares, a mãe já vai estar em casa. A mãe volta."
 
Chorou, agarrou-se a mim, abraçou-me e choramingou. "A mãe já volta. Amo-te muito. Faz um bom soninho, com o panda e o pinguim".
 
Assim que fechei a porta calou-se. Conta o David que lhe leu 3 histórias e lhe pediu para apagar a luz. Ela adora apagar a luz, ainda estou para perceber porquê. Cinco minutos depois, estava a dormir e eu pude voltar ao conforto de casa.
 
O mais engraçado também - deve ser coincidência, só pode! - é que quando é o David a adormece-la, ela dorme muito melhor e chama menos por mim. Hoje dormi a noite inteirinha.
 
Alguma dica para que possa ser o pai a adormece-la sem eu ter de ir para o frio? :)

2.04.2016

Não ando a conseguir!!!

Agora sim. Estou grávida. Tenho muito, muito, muito sono. Ainda não tinha tido este sintoma, nesta gravidez. Mas é que tenho mesmo muito sono.

Tanto ao ponto de: 

- já ter adormecido a conduzir. Sim, tão grave quanto isso. Ia sozinha no carro, dei uma cabeçada, e nesse momento percebi que tinha de me deitar mais cedo nesse dia. Adormeci, já de pijama e dentes lavados, com a Isabel às 20h30. Dormi 12 horas nessa noite. E fiz sesta no dia seguinte. Era sábado.

- ter adormecido TODOS os dias desta semana a adormecê-la. Mas sem poder. Tinha muito trabalho ainda para fazer. Hoje, por exemplo. Acordei agora. E estou furiosa. Mesmo, mesmo chateada. Tudo o que eu ainda ia fazer hoje, fica em águas de bacalhau. E tinha mesmo, mesmo de lhe ter dado avanço. Ninguém morre, está tudo vivo, mas fico a sentir-me a pessoa mais incompetente à face da terra. 

- acordar, depois de 9 horas de sono, cheia de sono. Dantes, um banho resolvia. Agora nem isso. A minha obstetra liberou até dois cafés por dia, mas eu precisava de um balde para conseguir sobreviver.


Posto isto, das duas uma:

ou me adapto a este novo ciclo de necessidades e me transformo na pessoa mais produtiva ao cimo da terra, conseguindo tratar de tudo e produzir logo de manhã cedo. 

Ou tenho de contratar alguém que me acorde com chapadas na cara (ontem o David tentou acordar-me, depois de lhe ter pedido para o fazer, caso eu adormecesse, e eu virei bicho, como se ele fosse a pior pessoa à face da terra e acusei-o de estar a acordar a miúda - não me lembro de nada, estava ferrada).


Soluções, há? Estou mesmo com uma camada de nervos em cima. Já passa.

1.25.2016

Quando comecei a perder a sanidade (ou a ganhá-la)

Apesar de ser a outra Joana que está grávida (a Joana Paixão Brás), estou eu a falar sobre isto, não se confundam. 

Com a gravidez da Joana, tenho tido inputs para me lembrar mais da minha gravidez (sinto que, desde que a Irene nasceu, que ainda não tinha tido tempo para isso). Uma das coisas que me lembro, além de ter sido, desde o início, extremamente idealista (queria que o Frederico me visse a tomar o Folifer porque era algo que devíamos fazer em família - sim, eu sei haha) é dos sonhos. Lembro-me dos sonhos esquisitos. 

Todos temos o nosso processo de integração de uma decisão importante na nossa vida. Sinto que decidi querer ser mãe com o coração mas que o meu cérebro precisou dos 9 meses para se preparar (e o meu corpo também, sim, apesar de não se ter preparado grande espingarda que dilatar não foi coisa para ele, filho da mãe).

Andei super feliz a tentar engravidar. Fazíamos amor todos os dias (wrong! - dicas para engravidar como gente grande aqui) e eu andava já com um brilho especial por saber que estava a cozinhá-las (não era sebo, não). Sempre que sabia que não estava grávida - porque passava todos os dias a convencer-me que já estava enjoada, inchada e que até já sentia pontapés - ficava triste, triste como se algo me dissesse que não merecia. 

Quando soube que sim, já estava, chorei de felicidade. Já estava. No dia seguinte, não. Entrei logo em pânico: o que fui fazer à minha vida? Não há volta a dar! Será que pensei bem nisto? Será que mereço ser mãe? Será que consigo fazer com que o meu bebé seja tão feliz quanto merece? E agora? 

Aos poucos a paranóia e a ansiedade foi dando lugar a uma calma de quem está naturalmente preparada para desempenhar esse papel. Mas! Mas, não sem antes, ter uns milhares de sonhos esquisitos. 

Sonhei com tudo aquilo que possa ser minimamente associado ao nascimento de uma criança: flores a desabrochar, amamentação, tudo. Bebés. Imensos bebés em todos os meus sonhos. Era o meu cérebro a aperceber-se do que aí vinha. Esses sonhos continuaram depois, todas as noites. Ela já nascida e o meu cérebro a trabalhar: tu tens uma bebé, agora és mãe. 

Acabou o processo. Já cá está tudo dentro. Sou mãe. Enquanto que dantes parecia que ela passava demasiado tempo acordada (parecia que não tinha tempo para mim), agora sinto que dorme muito. A nossa vida já está adaptada, já não custa, já não estou a fazer luto nenhum pela vida anterior e a actual. Já está. 



Tanto sonho, tanto sonho que tive. Agora voltei a ter alguns porque inscrevi a Irene no colégio e é uma nova fase de mentalização. 

Sou eu? Vocês também sonham muito? 

1.07.2016

A Irene não dorme uma noite seguida.

Não sou mãe há muitos anos, é verdade. Ainda me falta aprender muito. Aprender bem e aprender mal. Desaprender bem, ouvir menos bem, ouvir melhor, espernear, gritar, não gostar de ter gritado, dormir bem, dormir menos bem. Sei e reconheço que tenho um longo caminho pela frente. 

Agora, até aqui, descobri o truque. O truque para que tudo pareça menos monstruoso, menos cansativo, menos enervante. O truque para nos fazer sentir menos à mercê de algo incontrolável.

É aceitar. 

É confiar na natureza das coisas. 

Do que oiço, é um erro muito mais comum nas "mães de primeira viagem". Sentimo-nos inseguras e tudo nos parece de extrema importância e põe em causa o nosso valor, a nossa capacidade... tudo.

Como é que, depois de gerarmos vida, ainda conseguimos desvalorizar-nos tanto? 

Aceitar.



Quase 2 anos depois ainda não dormi uma única noite inteira, não mais de 3 horas seguidas (a maior parte das vezes), mas já não me queixo. Já não acordo zangada, triste, perdida. Acordo só cansada. 

Demorou muito até aceitar que é o natural. Faz parte. A verdade é mesmo essa. 

Mudar o foco. 

Aceitemos com naturalidade o que é, isso mesmo, natural. Deixemos de estar zangadas ou enraivecidas com circunstâncias incontroláveis. 

A Irene não dorme uma noite seguida. Pronto. Vamos a isso. 

A Irene às vezes demora uma hora e meia a adormecer. Ok. Amanhã é outro dia. 

A Irene hoje não quer dormir a sesta. Está bem. Deita-se mais cedo.

É isto. 

Ter calma. Ouvi-los. Tentar não desesperar simplesmente por não ser produtivo e por não fazer bem mesmo a ninguém. 

Ajudou-me.

Espero que vos ajude também.

Siga! 

12.26.2015

Custa-me tantooooo!

A miúda anda ainda a antibiótico e, como sabem, tem mesmo de ser dado a horas e sem falhas para eles não criarem resistência e depois, numa outra altura, precisarem muito do antibiótico e ele não funcionar. 

Isso significa que tenho de acordar a Irene pelo menos uma vez por dia para dar o antibiótico e... custa tanto. 

Ela está a dormir tão quentinha, tão calminha (ontem nem sequer ainda se tinha mexido desde que a tinha deitado) e lá tive eu de a acordar, para lhe dar uma seringada de Clavamox à boca... 

Por acaso ela gosta do sabor. Por acaso adormece rápido porque leva com uma teta a seguir, mas custa tanto. 

Imagino os pais que possam ter que os acordar de manhã para irem para a escola, com o frio que tem estado... brrrrr.


Para mim, acordar uma criança é uma atrocidade! E isto porquê? Odeio ser acordada, odeio. Odeio. Odeio.


12.18.2015

Pus a cebola!

Já ouviram falar da história da cebola? De que, se cortarem uma cebola aos pedaços e a puserem no quarto deles que ajuda a que libertem a expectoração? 

Sim, pesquisei no Google por "cebola".
Acho que nunca fiz uma pesquisa tão imbecil. 


Ontem cheguei a esse desespero. A Irene está cheia de tosse... e piora imenso durante a noite. Durante o dia nem se ouve a respiração dela, mas à noite tem estado super aflita. Não sei se é de se enervar por estar mais entupida, se realmente fica com problemas em respirar. De qualquer das formas, fui mais veemente em mostrar a minha preocupação à pediatra e ela disse que sim, mais vale ser observada para, pelo menos, tirar a dúvida se tem falta de ar ou não.

Ainda para mais estou traumatizada com a pneumonia que a Isabelinha da Joana Paixão Brás apanhou no ano passado, precisamente nesta altura. Parecia tosse normal e, quando foram ver, já era caso para estar internada. Adoro a pediatra da Irene, mas sinto que tenho de ter sempre uma mini pulga atrás da orelha até porque eu posso não estar a "ver bem" as coisas e depois posso estar a comunicar-lhe mal ao telefone. 

A "minha" pediatra, perante o cenário que lhe descrevia (e depois da Irene ter sido vista nas urgências no sábado passado) disse que só tomaria "atitude" se ela se mantivesse febril. E que seria antibiótico. Não tem febre. Não tem febre, mas coração de mãe não aguenta ouvir aquela tosse toda durante a noite e a voz abafada a chamar por ela. Aflita. Tenho que poder fazer alguma coisa.

Sim, a cabeceira já está levantada. Sim tentei não ter os aquecedores tão quentes para não secar o ar. Sim, tenho-lhe posto soro. Tenho-lhe dado banho mais demorado e fechado a porta por causa dos vapores. Sim, dou-lhe muita maminha... mas e mais? 

Na primeira noite até se fartou de vomitar expectoração (ao menos assim ainda conseguia descansar mais umas horinhas de seguida por estar "limpa" a seguir) o que nos deixou de coração nas mãos. É o nosso primeiro filho, ainda não conseguimos relativizar estas situações. Parecem-nos sempre cenários dantescos. 

Bem, ontem lá foi a cebola, lembrada pela minha amiga Renata. Cortei-a em mil pedaços para ser ainda mais forte e pus lá no quarto. 


Se resultou? Por acaso acho que sim! Acho que moderou bastante a tosse. Viva à cebola.

Se, sempre que ela me chamava, parecia que estava a entrar numa panela de refogado? Sim. Se não planeava lavar o cabelo hoje e teve de ser para não cheirar a cantina da escola primária? Sim.

Estive a investigar e isto da cebola não funciona para todo o tipo de tosse. Só para aquela que não for infecciosa e, portanto, não acompanhada de febre. Fica a dica! 

Ah! E a sugestão! Não cortem em milhares de pedaços. Exagerei e por isso é que hoje, de manhã, quando acordamos o meu estômago pensava que era hora de almoçar graças ao cheiro. 

Já tinham experimentado isto da cebola? Não vos apetece cheirar a metropolitano? Compreendo.

11.19.2015

Dormiu a noite toda, caraças!!!

Confettis! Champagne! Rufem os tambores! Bota som na caixa DJ!!!

Nota-se que estou feliz e retemperada? (Já sinto as orelhas quentes, mães que andam em estado zombie há meses!)

Hoje a Isabel voltou a dormir a noite toda. Acordou às 8h00. 

Agora... uma questão. Esqueci-me e deixei o aquecedor ligado a noite toda. Sei que faz mal, seca o ar e o diabo a quatro, mas também fiquei a pensar: "será que das últimas vezes a miúda tinha frio?"

Visto-lhe interior e pijama polar, com collants por baixo, porque sei que ela se destapa em três tempos. Mas hoje, ao contrário dos outros dias em que desligo o aquecedor assim que ela adormece, só para aquecer levemente o quarto, ou deixo no mínimo até às 23h/24h, ficou ligado all night long. Resultado: noite de sono tranquilo. Só piou às 6h - já me estava a preparar para lá ir - mas virou-se para o lado e voltou a dormir. 

E agora? O que faço esta noite? Deixo ligado para testar? (Com uma taça com água perto, não é? Para não secar muito o ar? Como fazem?)


11.11.2015

Só mais um bocadinho, só mais um bocadinho.

A Joana, no post da manhã, falou em que tem adorado adormecer a Isabel. Há realmente fases, umas melhores que as outras. Umas em que até ficamos com pena que eles tenham adormecido tão rápido, outras em que já nos apetece dar-lhes uma marretada na retina para ver se se acalmam um bocadinho. 

Adormecer a Irene foi sempre algo muito custoso para mim (cusquem aqui a tag "sono") até me ter curado da minha ansiedade generalizada. Agora sinto-me muito melhor e, por isso, já passo menos para ela e relaxamos as duas na hora de ir dormir. 

Ontem ela estava exausta. O pai não conseguiu adormecê-la na sesta da tarde e às 19h30 até foi ela quem pediu para ir dormir. 

Fui. Maminha ao colo até começar a deixar cair a cabeça para cima de mim. Com uma mão a acompanhar a curvatura do rabinho. Com o coelhinho numa das mãos (tem que ir para lavar, 'tadinho) e a ouvi-la, a senti-la. 

Adormeceu demasiado cedo. Demorei mais a pô-la na cama. Quis estar a abraçá-la mais tempo. Só a pus na cama porque achei que dormiria melhor não estando tão curvada nos meus braços tanto tempo. 

Quando vão dormir mais cedo, é chato. Quando não adormecem, é chato. :) 


Caixa de luz BabyTime.