Mostrar mensagens com a etiqueta sono. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sono. Mostrar todas as mensagens

9.13.2017

O MEU melhor conselho para recém-mamãs.

É o que mais me apetece dizer quando vejo alguém com um recém-nascido ou alguém quase a parir. Depois lembro-me que, nessa altura, toda a gente se farta de dizer coisas e que nem sempre é bom  ouvir e, por isso, calo-me. Aqui leva comigo quem quiser (e, vendo por alguns comentários, quem parece não querer também - o que é esquisito e algo engraçado).

DURMAM!



Párem de usar aqueles minutos em que finalmente a cria vos dá algum descanso para ficarem a ver televisão e se arrependerem sempre que depois acordam. Párem de ficar agarradas ao telemóvel num sítio qualquer esquisito da casa enquanto eles dormem. Não se ponham a arrumar a cozinha. Esqueçam "aproveitar para por em dia...". Não.

Necessidades básicas primeiro. Façamos aqui uma revisão à pirâmide de Maslow (era um gajo, não dêem muita importância):



Isto quer dizer que o que está na base tem de ser o que satisfazemos em primeiro lugar e com mais atenção (a principal prioridade) porque depois não se consegue chegar a tudo o resto. Pensemos na dificuldade de respirar, por exemplo (que está no nível do sono), sem conseguirmos respirar em condições, pouco nos interessa a criatividade ou a intimidade sexual, digo (apesar de haver quem goste de coisas esquisitas na horizontal, hehe).

Em vez de nos estarmos a preocupar com o conforto de já termos a roupa passada (luxo para quem está cheio de tempo), temos primeiro de assegurar que não temos fome, sede ou... SONO! Ao fazermos batota nesta pirâmide sabem quem é que vai sofrer imediatamente? Vocês. A seguir a vocês? A criança. E nem vou falar do pai que independentemente do tipo de papel que desempenhe vai conhecer o nosso lado mais descompensado - ainda para mais se nos privarmos de sono quando podemos dormir.

Borrifem-se para o telemóvel na hora das sestas. Não interessa a televisão. Nada vos vai saber tão bem como uns minutos para se curarem um bocadinho. Depois até vão conseguir brincar melhor com os bebés, ter mais paciência e até conseguir, se calhar, passar a roupa com ele acordado por terem conseguido pensar numa solução criativa para o entreter.

Durmam.

Já temos desafios que sobrem para esta fase em que tudo nos parece cair ao colo por causa daquilo que o colo do nosso útero (ou barriga) deixou passar cá para fora, não dormir é só complicar desnecessariamente. Obriguem-se. Forcem-se.

Pronto.

Assinado:  A pessoa que se fartava de ver séries de Trash TV na hora de sesta ou a levar o telemóvel para o quarto e ficar 70% do tempo a ver feeds de Facebook e Instagram.



a Mãe é que sabe Instagram

8.05.2017

Será que vou habituá-la mal?

Estamos a passar por uma fase tão boa quanto má de informação. Ter acesso a muita coisa, muitas opiniões e não sabermos como lidar com isso faz com que nos esqueçamos da principal fonte de informação: nós e a nossa criança. 

Apesar de ter "um blog de maternidade" e de já ter lido praticamente uma centena de livros - até os melhores no que toca a que nos sintamos mais confiantes no nosso "instinto maternal" ou na nossa intuição, como lhe quizerem chamar (estou a falar nos da Constança, claro) - não deixo de ter algumas dúvidas de "iniciada", alguns pensamentos com os quais me debato e que se comparam a não dar colo porque o "habituas mal". A propósito disso, leiam isto, por favor e partilhem por quem sintam que anda perdida nessa questão. 

Não habituei a minha filha mal com nada. Gosto de quem ela é e da nossa relação. Habituei-a a ser amada e isso fará com que procure a quantidade certa de amor para si sem sofreguidão no futuro, quero acreditar - uma das minhas principais preocupações. 

A Irene a dormir depois de um início de férias difícil com mais uma convulsão febril. 


Completamente desnorteada e adormecida, depois de um parto que não foi muito simpático, acabei por por a Irene a dormir no quarto dela no 2º dia de vida. Toda a gente me julgou, outras que apenas estranharam, mas ninguém viu o que estava a acontecer: eu estava morta por dentro, não conseguia sequer sentir amor pela minha filha. Estava em choque. 

O amor foi crescendo. A maternidade deixou de ser um silêncio gigante entre nós as duas e uma gritaria dentro de mim. Agora amo-a. Mais do que tudo e mais do que a mim (sei a que me sujeito a estar a escrever isto, claro). 

Depois do divórcio, tenho o lado direito da minha cama vazio (é mentira, porque agora ando super livre pelos dois lados, tendo sempre um lado da cama fresquinho) e confesso que já me passou pela cabeça, mais de uma centena de vezes - principalmente depois de dormir com ela nas férias ou quando está doente - em pô-la a dormir comigo. Sei que é um desejo amoroso, mas há algo em mim que me diz que não está certo, como se fosse uma regressão.

Acho que a Irene não deve ocupar o lado direito da minha cama, esse fica para mim por enquanto (engraçado o simbolismo da coisa) já que adoro rebolar de um lado para o outro. Fica para ela quando estiver doente também, mas ficará um dia para alguém que o/nos mereceça. 

Não quero de todo preencher a solidão que agora sinto com o corpinho da minha filha ali ao meu lado, ouvi-la respirar (e ressonar também, porra, que nem tudo são rosas) e tê-la a acordar-me com beijos. 

Eu não quero "habituá-la mal", mas tenho este desejo grande que sinto que devo controlar e até é mais por ela do que por mim. 


Nota: Sou muuuito adepta do co-sleeping, acho que é o que faz sentido, mas a nossa história é diferente e a Irene já tem 3 anos. 



Outros posts para ler: 



✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

Sigam-nos no instagram 
aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade.


7.24.2017

"Habituei o meu filho a dormir com muito barulho!".

Isto surgiu no meu post de ontem à noite em que fiz um exercício de simplificação e de humor sobre o que é o divórcio.


Muitas mães "acusaram o toque" - fui uma delas - e achei logo que tinha post para hoje. Aqui está ele.

Agora era só isto e publicava, ahah.

Vestido da Irene - Tuc Tuc


Vamos lá a ver se pomos os pontos nos ii:

- Cada criança é uma criança e, por isso, há de haver crianças com maior sensibilidade ao barulho - quem leia um pouco sobre os estágios de sono, percebe que isto do "hábito" parece (atenção ao parece, que não sei tudo) ser um bocadinho totó - e outras com menos.

- Isto é facto também: descanso com barulho e sem total conforto é de menor qualidade que descanso sem barulho e com o total conforto. Não precisamos de comparar a sesta feita no comboio até chegar a casa da sesta na nossa cama, certo?

- Cada mãe é uma mãe e há várias coisas que nos separam neste assunto e que nos fazem agir de forma diferente (além de termos filhos diferentes):

1) privação de sono - se temos um filho que, seja qual for o motivo, se farta de acordar durante a noite, não há nada mais que desejemos para a nossa sanidade mental e familiar que ele vá dormir e que fique a dormir. Por isso, o "'ma lixar se fazes barulho com o microondas, o puto tem que se habituar", não tem grande espaço para experiências porque poderá ser a diferença entre a mãe chorar de esgotamento nervoso ou mais duas horas em que pode lamentar-se por não ter ido dormir e ter ficado a ver televisão. 

2) respeito pela qualidade de sono - mesmo antes de ser mãe e agora que, aos 3 anos, a Irene dorme a noite toda, sempre respeitei muito o sono e o descanso dos outros. Acho que é um direito que nos assiste e que todos os outros, os acordados, devem mudar a sua vida para que, quem descansa (porque precisa) tenha o sono mais reparador possível.  Lembro-me de ser várias vezes acordada por me abrirem as persianas do quarto ou com barulho da loiça da máquina e, infelizmente, isso afectava-me e muito a disposição. Faz-me muita confusão quem acorda os outros para perguntar coisas que poderia ter protelado ou quem faça barulho porque "ele não acorda". Eu acordava, mas voltava a adormecer (às vezes). 

3) ansiedade - está ligado ao primeiro ponto, claro. A verdade é que se já tiver acontecido que - por coincidência ou não - o miúdo tenha acordado quando se puxou o autoclismo, a mãe cansada não tem vontade de se aventurar a fazê-lo enquanto está a sesta ou o sono da noite a decorrer. Com o tempo, muitas "coincidências" existem e a casa vai-se tornando um antro de perigos desde correntes de ar à porta do microondas, aos gatos que têm ataques de corrida.



Nem todas as sestas têm de ser descansadas e no quarto, isso é um facto, mas isso também depende: 

1) dos planos que a família mais goste de fazer e sua necessidade

2) do impacto que tem em cada criança uma sesta mal dormida (a Irene fica im-pos-sível, mesmo até se protelar a sesta 40 minutos fica já fora de si)

3) no quanto a mãe gosta de aproveitar a sesta da criança para descansar também e se forem as duas a dormir no restaurante, fica esquisito. 

Quanto a "habituá-los a dormir com barulho", é um raciocínio que parece fazer sentido a muita gente: tudo ok. Para mim, não faz. É o equivalente a: vou dar-lhe só arroz durante um mês porque assim, se me faltar comida, fica já habituado que poderá comer durante um mês a mesma coisa. Ou, não lhe vou dar colo, porque fica mal habituado. 

Eu vou habituá-la - já está - a descansar nas melhores condições possíveis. Aproveitando-me descaradamente para descansar também. Fica é o compromisso para haver cada vez mais excepções que, de certeza, para ela iriam ser boas experiências apesar do cansaço como fazer uma sesta na praia ou num jardim. Melhores experiências ainda para mim, por não ter que interromper os meus planos por causa dela. 



Sofri muito com a privação de sono, escrevi sobre isso, muitas vezes aqui

✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

Sigam-nos no instagram 
aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade.

7.13.2017

Já dormem as duas juntas!

Custou até tomar esta decisão mas foi. Quando estávamos em Barcelona, experimentámos pô-las a dormir em colchões no chão no mesmo quarto e a Luísa, que andava a acordar de 2 em 2 horas, fez 4h-3h e pareceu-nos uma eternidade a dormir e soube-me a cura de sono (até acordava durante a noite com medo de não a estar a ouvir... como se isso fosse possível). E elas pareceram gostar de adormecer juntas! Por isso, decidimos que quando voltássemos a casa, tentaríamos pô-las no mesmo quarto. Não correu tão bem quanto nas férias, mas continuaremos a tentar. Dormem as duas na mesma cama, uma em cada ponta. Não li nada sobre isto, foi o que nos pareceu fazer mais sentido (para não se atropelarem nem acordarem tanto) e para, caso seja preciso, eu ir lá dar-lhe mama, tendo espaço para me deitar.
 
Confesso que as viagens até lá me matam aos bocadinhos e que, para dormir melhor, a trago para a minha cama no último ciclo da noite (da manhã, mais propriamente), que é quando dorme melhor, e eu, por conseguinte, também.

Não sei se vai melhorar, se voltaremos a trazê-la para o nosso quarto: não sou de decisões definitivas, se achar que não nos está a fazer bem a todos, darei um passo atrás.

Sabe bem estar no quarto à noite a ver séries (ou a babar-me toda a tentar ver séries) de mãos dadas. Sinto que reconquistei essa parte e soube-nos bem. Mas, convenhamos, dormir está em primeiríssimo lugar. Não vamos desistir já, não vamos. Vamos ver como corre. Para já aguenta-se bem.




Vejam aqui mais:


Tenho coisas novas no quarto para vos mostrar: almofadas, nuvens lindas, uma guitarra e livros. Já está aqui: Sugestões giras para o quarto dos miúdos.


Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade.

7.09.2017

Temos acordado às 6 da manhã e... temos adorado!

Depois de muito ter sofrido (3 anos a acordar mais de três vezes por noite) com o [não] dormir da Irene, acordo todos os dias muito feliz por ela já dormir noites seguidas e com o coração em todas vocês que andam tipo zombies durante o dia, sem poderem dar o vosso melhor em nada, sendo metade do que conseguem ser em tudo, apesar de saberem agora, mais do que nunca, o que é amar. 

Depois de, pela primeira vez nas nossas vidas, a Irene precisar que eu a acordasse para ir para a escola (leiam aqui), percebi que - a par de outras mudanças na nossa vida como, por exemplo, a minha separação do pai - ela não estava particularmente equilibrada com o deitar-se "mais tarde" e acordar "mais tarde" que o habitual. Voltei aos horários habituais. 

Deita-se agora por volta das 20h30 e tem acordado entre as 6 e as 7, o que tem sido fabuloso. Além de conseguir ter mais um tempinho para mim à noite (o que conta imenso, como vocês sabem), temos tempo de manhã, as duas, para fazermos tudo com calma e para vivermos tudo com mais prazer. 

Não há cá berros, nem "anda lá com isso", nem "a mãe já chamou", nem frustrações. Estamos as duas calmas e felizes (nem sempre, claro que há birras, mas passamos do 80 para o 8) e, por isso, praticamente tudo o que daria em conflito é negociado mais calmamente e criativamente. 

Consigo fazer ovos, panquecas, consigo cortar-lhe frutinha, estar com ela enquanto tomamos o pequeno-almoço, vesti-la com calma, fazer-lhe uma trança, lavar-lhe os dentes sem ter que a perseguir pela casa, preparar o lanche de manhã (menos uma coisa que tenho que fazer à noite) e até já tive tempo para passear pelo jardim de manhã, antes de ir para a escola. 

 




Esta é a rotina que eu prefiro. Apesar de ter de deixar a Irene meia hora mais tarde para não ter que assistir aos colegas mais velhos irem para a praia (ela é das mais novas da turma e este ano ainda não podia ir) e de isso me complicar a rotina do ginásio, começo o meu dia com o que me deixa mais feliz. É um privilégio (até tenho tempo para passar uma gilette nas pernas se me apetecer ir de vestido nesse dia e não estar a contar). 

Quanto a vocês, mães, que estão a passar pela tortura do sono: um dia vai passar. E vocês são as maiores! Quando a vossa vida voltar a ser vossa, farão tudo com uma perna às costas. Estou convosco!


Ler tudo o que já escrevemos no blog sobre "sono" aqui


Coisinhas giras: 




✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

Sigam-nos no instagram 
aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade. 


6.11.2017

Primeira noite com ela na casa do pai (e primeira noite sem ela).

Há uns bons meses, quando fantasiava com a primeira noite sem a Irene, estava longe de imaginar que seria por me ter separado e por ela ir dormir à casa do pai. Apesar de termos concordado que fico com a custódia dela, que ela vai fim-de-semana sim, fim-de-semana não para a casa do pai, todas as sextas e durante a semana sempre que o pai quiser (desde que a traga a hora de iniciar a rotina de sono), as coisas têm ido devagarinho.  

Assim que o pai teve o quarto dela pronto na "casa do Pai", fiquei entusiasmada por poder incentivar a dormida. Não quero que ela perca a ligação com o pai enquanto cuidador e fique só pai "de fim-de-semana". Tudo isso depende da relação que construirem os dois, mas dormir em casa do pai é fundamental, o pai cozinhar para ela, dar-lhe banho, verem os dois televisão, fazerem planos... 

Estava feliz por ambos e ainda estou. A Irene precisa de sentir o toque do pai, o cheiro do pai, ouvi-lo gargalhar, fazer as brincadeiras que só eles sabem, sentar-se no colo do pai, pentear o pai, pregar-lhe sustos, ver o amor profundo nos olhos do pai... Só se vêem essas coisas estando, sentido, com calma. 

Ontem foi a primeira noite na "casa do pai" e foi também a nossa primeira noite separadas. Estava confiante que iria ser simples, mas não foi. Quando a deixei lá, ele fez-me notar que dei umas 3 vezes o mesmo recado e acabou por me sair (surpresa) "isto não está a ser fácil para mim". Facilmente me desfiz em lágrimas enquanto "corria" para a saída (a Irene não viu nada) e disse: "é a primeira vez que durmo sem ela, não é fácil". 

Dei-me uns minutos de tristeza esquisita. Porque não era tristeza, era... Desconforto. Fui eu que incentivei a dormida, quero muito que ela durma mas... e quando chegasse a casa e visse o quarto dela vazio? 

"Ela está com a outra melhor pessoa para cuidar dela em todo o mundo".

Segui e fui correr. Corri 5 kms e passou-me (reportagem no meu stories no meu instagram). Fiquei feliz pelos dois, apesar de ter sido difícil adormecê-la. Ela percebe que quando está com o pai que é o tempo dos dois e que, quando está comigo também. Não chamou por mim. E por que haveria de o fazer? :)

Voltou hoje às 11 da manhã. Tranquila. Descansada. Sem saudades minhas. Feliz. Pronta para outra e eu também.  






Coisinhas giras: 

Fotografias - Joana Hall


Colar do coração e brincos - Our Sins 

Relógio - Timex 


Para ler: 


✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

Sigam-nos no instagram 
aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade. 



6.08.2017

Vantagens de se ter filhos que dormem mal.

Rir para não chorar.
No meu caso em vez de uma filha que dorme mal tenho duas. Ah e não me venham dizer que é tudo uma questão de treino porque a Luísa até aos 6 meses dormia a noite toda. Toda. Tipo 12 horas. Aproveitei bem esses 6 meses? Epa, dormi uma noite inteira seguida talvez. A Isabel - 2 anos e meio - acordava. Uma, duas vezes.

Agora acordam as duas. A Isabel com pesadelos, sede, xixi, o que seja. Pede festinhas na mão, às vezes só nos quer ouvir respirar ali ao lado. A Luísa acorda 3, 4 vezes, não sei. Só sei que quer mama e mimo e eu dou. Há dias em que me sinto cansada, há outros que levo tudo melhor. Levo-a para a minha cama e adormeço enquanto ela mama, ao meu lado, e pronto. Não me digam que se cortasse a mama, melhoraria. Não acredito nisso. Não foi pelo facto da Isabel deixar de mamar com 10 meses que passou a dormir melhor. Prefiro acreditar que é deles (e em princípio será natural) e conformar-me: a Isabel agora está muito melhor (chega a dormir noites inteiras), por isso será só uma fase.
Vai daí, fiz um exercício de mentalização. O facto deles acordarem 6 vezes de noite até tem as suas vantagens! Ora sigam lá este raciocínio fantástico:

1. Matamos saudades. 
Que mãe e que pai não gosta de ter o filho no colo ou estar debruçado sobre ele ou a dar festinhas mais uns minutinhos por dia? (#eunao)

2. Evita ladrões. 
Eles sabem muito bem a que casas não podem ir e não arriscariam numa cujos putos acordem a qualquer momento. Pode correr muito mal.

3. Ir comer qualquer coisinha durante a noite. 
É um regresso à adolescência quando acordávamos a meio da noite esfaimados, até nos dá qualquer coisa de jovem.

4. Ter sensação de ressaca sem ter de gastar dinheiro em gins nem em entradas em discotecas. Ainda por cima sem trazer para casa o cabelo empestado de fumo nem nariz preto por dentro.

5. Não precisar de ver o Walking Dead para ver mortos vivos. (Andam eles a gastar rios de dinheiro em caracterização quando têm centenas de zombies por esse mundo fora). Assim poupamos tempo (para dormir), basta colocarmo-nos em frente ao espelho.

6. Testar a relação amorosa.
Se sobreviver a estes primeiros anos, sobrevive a tudo, carago!

Querem melhor? Vamos lá beber um chazinho de camomila mas é e rezar para que hoje seja só uma vez.



Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade. 


5.31.2017

Acabou-se o que era doce!



Se conseguimos que, durante três anos, a Irene só tivesse sido acordada por causa das horas ou obrigações menos de uma dezena de vezes, já é muito bom. Tento dar-lhe aquilo que não posso ter ou que não tive. Odeio ter que acordar antes de ser necessário, odeio que me acordem, odeio, sempre odiei. 

Fiz muitos anos horários em rádio em que tinha que impreterivelmente acordar à hora certa e até antes da hora para garantir que nada corria mal. Só quando deixei de fazer programa a essas horas é que me apercebi da libertação - não que chegue atrasada, mas não ter que ser responsável por coisas que não consigo controlar. Deixou de haver tanto stress. 

A Irene não teve, até recentemente, de ser acordada com frequência. Teve com o pai em casa um ano, um ano e meio comigo e mesmo este ano em que entrou para a escola, o pai não tinha compromissos de manhã que o obrigassem a ser rigoroso com as horas em que a entregava. 

Agora, porém, somos só nós as duas (separei-me). A organização tem que ser outra. No final da última semana e no inicio desta os meus dias estão a ser um caos por não por o despertador. Ela, que normalmente acorda entre as 6 e as 7h30, está a acordar às 8h30 e às 9h e isso faz com que tenha de abdicar de muita calma do meu dia, que faça tudo a correr e não consiga sequer fazer tudo. 

Isto além de não conseguir brincar com ela na escola antes de sair e de passar a manhã toda a dizer "estamos atrasadas, despacha-te" - que, mais uma vez, odeio.

A partir de agora vai haver relógio e até um bocadinho antes do necessário. Para ter uma boa manhã. Para ela tomar o pequeno almoço com calma. Para poder penteá-la enquanto canto ou conto algo e não para ser uma corrida em que, com a pressa, até a magoo.

Acabou-se o que era doce. Amanhã, o nosso despertador tocará às 7h30.


Coisinhas giras: 

Fotografias - Joana Hall


Colar do coração e brincos - Our Sins 

Relógio - Timex 



✩✩✩✩✩✩✩✩✩✩

Sigam-nos no instagram 
aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.
Enviem-nos um mail  à vontade. 

4.23.2017

Já sei porque é que dorme a noite toda!

Não!!! Não façam essa cara! Não sou como aquelas mães todas saudáveis e com uma pele óptima que dizem tranquilamente (sem terem a felicidade devida, porque não sabem o quanto custa viver) "o meu sempre dormiu a noite toda". Aliás, quem lê este blog antes de ser o "cagão" que é agora com tanta gente a ler (e que me deixa toda orgulhosa e envergonhada quando vêm ter comigo  - adoro, mas "não sei lidar", como diz uma colega minha de 20 anos) sabe perfeitamente que eu, das duas que escrevem, sou a que tem a cabecinha mais fritinha e que não ajudaram as noites sem dormir em condições.

Foi das coisas mais difíceis de sempre o "tentativa e erro" para ver o que se passava com ela para acordar desde "se calhar está muito _______" - inserir: quente, fria, esfomeada, cheia, estimulada, sozinha...

Fiz de tudo e mais alguma coisa, leiam aqui tudo o que já escrevi sobre sono no blog (quanto mais para trás, mais desesperado). A Constança ajudou-me imenso mas, no nosso caso, as coisas persistiram, mais calmas, claro (porque eu fiquei MUITO mais calma desde que fui à consulta com a Constança), mas factos são factos e o que é facto é que a minha filha ainda acordava de noite. 

Aí está: é normal eles acordarem de noite. Podem é re-adormecer sozinhos ou não. No caso da Irene, muitas vezes era não. Mudei o meu mindset, passei a aceitar este meu destino em vez de tentar mudá-lo (muito mais serena depois do toque da fada - credo, sempre que escrevo ou penso a palavra toque, o meu pipi contrai-se). 

E, de repente, o tempo passou mais rápido. As noites mal dormidas já não eram um peso enorme ou um motivo para ter pena de mim própria, mas passaram a ser parte da família. 

"De repente" passou a dormir a noite toda. O de repente está entre aspas porque ela tem 3 anos. Isto não é um "de repente". De repente é, por exemplo, a facilidade com que se põe aquilo para fazer uma endovaginal sem haver um jantar antes. Isto foi mais um: "não estava à espera". Não estava. 

Agora, nalgumas noites, dorme desde as 20h30/21 até às 6h30 e sinto-me abençoada. Não acordo muito mais descansada (não sei porquê, na volta até já estava a gostar de não dormir), mas acordo numa de "fase nova, fase melhor". 


Já sei porquê! Porque está pronta. Porque lhe faz sentido. Porque fez 3 anos e é por volta desta idade (leiam Brazelton, por exemplo - obrigada, Joaninha) que se dão imensas mudanças e que terminam outras e, por isso, de momento, o cérebro dela parece-me mais calminho - até à próxima, claro. Também tudo melhorou depois de a ter mudado de escola, verdade seja dita. 

Às vezes não somos nós que não os tapamos, que não escolhemos o pijama certo, que não sabemos qual é a temperatura do quarto, que não devíamos ter deixado que eles vissem aquele desenho animado que nos deixou dúvidas, que... às vezes são eles a crescer. Ajuda-me compreender como é que ela funciona. E agora já sei porque é que dorme a noite toda (de vez em quando) e porque é que dantes não dormia. 

Como andam vocês por aí? 

A Irene e a avó, minha mãe, hoje à tarde. 



Recomendo vivamente: 

Os Bebés também querem dormir - leiam aqui o que escrevi sobre ele. 

De tudo o que leiam na internet ou mesmo que esteja nas estantes, não deixem que o desespero vos tolde o coração. Se sentem que não é suposto e que vocês e os vossos filhos estão em sofrimento, não o façam. Amor é sempre a palavra certa. Por vocês, por eles... 


Vestido da Irene - Tuc-Tuc

...............

Sigam-nos no instagram aqui 
a mim também aqui e à outra Joana aqui.
O nosso canal de youtube é este.